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Reabertura da Ciclovia Tim Maia melhora vida de moradores do Vidigal

Inaugurada em janeiro de 2016, a Ciclovia Tim Maia liga o Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, à Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. No primeiro momento pareceu que essa construção seria a solução dos problemas de falta de lugares para lazer. E, também, uma opção para os moradores do Vidigal que sofrem para se locomover pela via; principalmente nos dias úteis pela manhã, de 7:30 às 10:30h, quando a via opera no sistema de mão única (no sentido São Conrado/Leblon). Porém um desastre viria retardar por mais alguns anos essa tão esperada alternativa.

A Ciclovia Tim Maia foi inaugurada em janeiro de 2016 para os Jogos Olímpicos do Rio. Três meses após sua inauguração, ocorreu o primeiro acidente, resultando em duas mortes (quando uma parte desabou durante uma ressaca do mar).

Depois disso, vários desabamentos ocorreram no trecho em elevado que fica entre São Conrado e Vidigal. Esse elevado, que tem 1,7 quilômetro de extensão, é o trecho que têm maior risco da ciclovia, por estar situado entre uma encosta rochosa (sujeita a desabamentos) e o oceano, que é um ponto sujeito a fortes ressacas.

Finalmente a ciclovia que tem 9 quilômetros de extensão (no trecho que vai do Leblon ao final de São Conrado) reabriu e se tornou também uma ótima opção de negócio para quem de alguma forma oferece suporte para os ciclistas ou corredores que transitam por lá.

Um belo exemplo de empreendedorismo nesse sentido partiu de José Wagner do Nascimento, de 40 anos, que há cerca de 20 anos trabalha como mecânico de bicicletas às margens da ciclovia, mesmo antes de sua construção. Agora ele vê o seu negócio voltar a prosperar com a reabertura da mesma.

“Quando eu cheguei aqui esse local estava abandonado e era abrigo para usuários de drogas. Tinha muito lixo. Eu organizei o local e montei a minha oficina. Logo no começo eu atendia apenas aos moradores do Vidigal. Com a construção da ciclovia, surgiram muitos clientes e eu precisei chamar meu irmão para me ajudar e assim dar conta de todo o trabalho que apareceu. Quando ela fechou, eu vi o movimento diminuir muito e as coisas ficaram difíceis. Mas agora, com a reabertura da via, as coisas estão melhorando e eu já estou procurando alguém para me ajudar e no futuro me substituir”, contou Wagner.

A via que também conta com dois túneis, dois elevados e uma ponte, além de trechos em superfície, recebeu esse nome em homenagem ao saudoso cantor Tim Maia. É também muito usada para quem gosta de praticar corrida ao longo do percurso da Praia do Leme até a Praia do Pontal (no Recreio dos Bandeirantes), que é um trajeto de 35 quilômetros.

Um desses corredores é Pedro Cabral, 28 anos, que começou a praticar a corrida em 2014, depois de fazer uma cirurgia no joelho. E não parou mais. Correr se tornou seu hobby favorito e ele não se vê mais sem a corrida. Pedro prefere correr no pedaço que vai do Vidigal até o final de São Conrado pela beleza e também pela segurança.

“Quando a ciclovia foi inaugurada, em 2016, foi muito interessante para todos nós, moradores do Vidigal e adjacências. Foi uma pena que tenha ocorrido aquele trágico acidente um pouco depois que a deixou fechada por muito tempo. Agora que ela reabriu, ficou mais fácil correr e o visual é de tirar o fôlego. O pôr-do-sol de São Conrado é absurdo e vale muito a pena correr por ali, sem contar que é bem seguro”, pontuou Pedro.

Protocolo de Segurança:

Com o término das obras de restauração da Ciclovia Tim Maia, ocorrido em outubro de 2022, foi necessária a criação de um procedimento de segurança para evitar que novas tragédias aconteçam no local. A Prefeitura do Rio tornou público o conjunto de diretrizes para a reativação do trecho entre São Conrado e Vidigal. O trecho estava fechado desde 2019 por ordem judicial, após uma sequência de acidentes, nos quais partes da estrutura cederam.

O protocolo estabelece um sistema contínuo de monitoramento das condições meteorológicas, como precipitação, velocidade do vento e altura e direção das marés, para determinar a necessidade de fechamento da ciclovia. Esse plano é parte de uma série de documentos que serão apresentados à justiça nos próximos dias.

A pista será fechada sempre que a Marinha emitir alertas ou quando o sistema de monitoramento por boias sinalizar o risco de ressacas, com ondas atingindo dois metros ou mais. A velocidade dos ventos e a possibilidade de tempestades serão monitoradas remotamente por uma estação meteorológica instalada pelo Sistema Alerta Rio no Morro do Vidigal, comunidade muito próxima à ciclovia. A avaliação é de que não é seguro trafegar na pista com ventos superiores a 65 quilômetros por hora.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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