Ministério da Saúde lança painel para monitorar desigualdades raciais na saúde

Painel apresenta dados entre 2012 e 2023 sobre tuberculose, TB-HIV, hepatites B e C, sífilis e outras doenças
Foto: Reprodução/Viva Rio
Foto: Reprodução/Viva Rio

O Ministério da Saúde, por meio do Centro Nacional de Inteligência Epidemiológica e Vigilância Genômica, lançou o Painel Epidemiologia e Desigualdades: Doenças e Agravos na População para Raça/Cor. A ferramenta tem como objetivo monitorar a saúde da população negra e evidenciar desigualdades no acesso e nos desfechos de tratamentos.

O painel apresenta dados entre 2012 e 2023 sobre doenças como tuberculose, TB-HIV, hepatite B, hepatite C, sífilis adquirida, sífilis em gestantes, sífilis congênita, além de casos de violência autoprovocada e interpessoal.

As estatísticas apontam que a população negra (preta e parda) é a mais impactada. Em 2023, 60% dos casos de tuberculose foram registrados nesse grupo, enquanto a população branca representou 23,38% dos diagnósticos. A análise também indica que negros interrompem o tratamento com maior frequência.

Os dados de hepatite B mostram que mais de 50% dos casos atingiram pessoas pretas e pardas, enquanto 37,09% foram registrados na população branca. Já a hepatite C teve maior incidência entre brancos (46,86%), seguidos por negros (44,01%).

O levantamento também revelou o impacto das violências na população negra. Entre 2011 e 2023, os casos de violência autoprovocada aumentaram entre pardos, passando de 29,05% para 46,38%. Já entre brancos, houve redução no mesmo período, de 41,24% para 37,42%.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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