O jovem Ruan Limão do Nascimento, de 27 anos, foi morto na noite desta sexta-feira (6), na comunidade da Barreira do Vasco, com um tiro nas costas. O rapaz, que tinha deficiência intelectual, estava parado em frente a um salão para cortar o cabelo. Segundo a irmã de Ruan, Isabale Nascimento, um policial a paisana chegou atirando sem motivo na localidade conhecida como Café.
Em fala ao jornal Extra, Isabela relatou que, no momento do disparo, não havia operação policial na região. “Do nada, chegou um policial à paisana e deu um tiro nas costas dele. Botou ele no porta-malas de um carro vermelho com mais três policiais e abandonou ele aqui, no Souza Aguiar. Eu quero justiça, meu irmão não estava fazendo nada’.
De acordo com a primeiras informações da Faferj, moradores relataram que policiais entraram na comunidade atirando, inclusive em crianças que brincavam na rua. A organização também afirma que já acionaram o Ministério Público e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro para acompanhar o caso.
Ruan era muito conhecido na localidade e tinha o apelido de “monstrinho”. Apaixonado por futebol, ele era mascote da torcida Força jovem do Vasco. A torcida está de luto pela morte do rapaz. “ A Força Jovem do Vasco e todos os seus componentes estão de luto pela trágica morte do ilustre torcedor do Clube de Regatas Vasco da Gama. Descanse em paz, moleque bom”. Torcedores também fizeram homenagem ao Ruan, que era figura certa nas arquibancadas em dias de jogos.
A equipe entrou em contato com Polícia militar e, em nota, informou que policiais militares do 4ºBPM (São Cristóvão) relataram terem ido verificar local de comercialização ilegal de cobre na localidade do Café, próximo da comunidade Barreira do Vasco, em São Cristóvão, na noite de sexta-feira (06/05), onde ocorreu confronto durante a checagem. Um homem (Ruan) ferido foi encontrado e socorrido ao Hospital Municipal Souza Aguiar.
Ainda segundo eles, a 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) foi acionada pelo Comando da Corporação para o caso e ouviu os policiais militares envolvidos na ocorrência. Um procedimento apuratório interno está instaurado.