A história do projeto Criando Laços Especiais começa com Ana Paula Ribeiro. Ela é moradora da comunidade Kelson, uma das favelas que compõe o Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, tem 39 anos e é mãe do Felipe Gabriel, autista nível 3 de suporte não verbal.
“O Criando laços nasceu da minha dor, das dificuldades que enfrentei e enfrento sendo mãe atípica e moradora de comunidade”, desabafa.
Atualmente o projeto atua oferecendo psicólogas, psicanálise para os responsáveis das crianças PCDs, psicopedagogia e letramento para os PCDs, festas, passeios externos, cultura e laser. “Hoje, temos cadastrados 95 crianças e jovens PCDs da comunidade. Que auxiliamos e acolhemos, desde o diagnostico”, conta Ana Paula.
O projeto foi criado em 2011, três anos após o diagnóstico de seu filho. Começou na própria casa de Ana Paula, mas hoje já tem um sede alugada, onde acolhe cerca de 350 pessoas que passam diariamente pelo projeto.
Ana Paula conta que no projeto existem muitas mães que são abandonadas pelos companheiros e não conseguem trabalhar. “Elas chegam aqui com depressão e ansiedade e fazemos esse acolhimento”.

O projeto Criando Laços Especiais não recebe nenhuma ajuda governamental e todas as suas doações são orgânicas. Além de todo o trabalho de acolhimento, o projeto também distribui refeições para os moradores locais em parceria com a ação de cidadania da comunidade.
Para além de tudo o que o projeto proporciona, em abril, mês da conscientização do autismo, o projeto irá promover uma caminha de conscientização na comunidade, além do primeiro congresso sobre autismo dentro de uma favela que tem como propósito principal divulgar o projeto e a causa.
O congresso acontece dia 05 de abril, na Maré e para conhecer melhor o projeto, siga o Criando Laços Especiais nas redes.
