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Operação policial na Maré deixa centenas de alunos sem aula e dois feridos

Nas primeiras horas desta manhã já era possível escutar muitos tiros na Maré e até um cavalo foi ferido durante o confronto
Foto: Amabilly Vitoria

Na madrugada desta quinta-feira (13) os moradores do Conjunto Esperança, Vila do João, Salsa e Merengue e Vila do Pinheiro, todas as localidades parte do conjunto de favelas da Maré, na Zona Norte do Rio, amanheceram mais um dia com barulho de tiros.

Os confrontos aconteceram logo nas primeiras horas e até mesmo um animal foi ferido durante a operação policial. Um cavalo foi ferido na barriga e socorrido por moradores. Além do animal, duas pessoas foram feridas durante os confrontos e socorridas.

Vídeo: Reprodução

Em nota, a Polícia Militar informou que “a corporação realiza uma operação no Complexo de Comunidades da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, com base em dados de inteligência. A ação envolve equipes do Comando de Operações Especiais (COE) e do 22º BPM (Maré), que estão instalando redutores de velocidade, por meio de blocos de concreto, na Vila do João”.

Por conta da operação policial, algumas unidades escolares precisaram suspender seu funcionamento, deixando centenas de alunos sem aula. Através de nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que nas comunidades de Vila Pinheiro, Salsa e Merengue e Vila do João, na região do Complexo da Maré, 13 unidades escolares foram impactadas pelas operações policiais. Já a Secretaria Estadual da Educação, informou que uma escola estadual precisou ser fechada na Maré.

Clínicas da Família também precisaram ter seus serviços suspensos. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, as clínicas da família Jeremias Moraes da Silva, Augusto Boal, Adib Jatene e o Centro Municipal de Saúde Vila do João suspenderam o início do funcionamento na manhã desta quinta-feira (13) e agora avaliam a possibilidade da abertura.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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