Foto: Matheus Guimarães / Voz das Comunidades
Na manhã desta terça-feira (20), o Centro de Desenvolvimento Humano Atitude Social, no Complexo da Penha, deu início ao projeto Mulheres de Atitude. O objetivo era conscientizar e informar mulheres sobre violência doméstica. A ideia partiu da iniciativa da major Bianca Neves e da presidente do Atitude Social, Sandra Vieira. Por volta das 10h, a major deu início a uma palestra sobre o tema. Além de informativa, a conversa foi dinâmica, com participação da plateia, sorteios de brindes e mesa de café da manhã. Mais de 40 mulheres participaram.
“A gente espera que isso resulte em conscientização. Primeiro a gente precisa trazer informação para essas mulheres, para que elas deem o primeiro passo na vida delas, para mudarem de vida, querer uma vida diferente, sem violência, sem abuso, sem relacionamento tóxico, para se sentirem fortalecidas e mudar essa realidade social”, afirma a major.
Dados do 15º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo G1, mostram que 9 de cada 10 mulheres vítimas de feminicídio foram mortas por companheiros, ex-parceiros ou algum parente. Em 2020, o número foi recorde, contabilizando 1.350 vítimas, aumento de quase 1% se comparado ao ano anterior.
Expandindo informação para outras favelas
Segundo Bianca Neves, o intuito é levar a ação para outras favelas do Rio de Janeiro. Ainda de acordo com a major, as próximas palestras serão realizadas no Vidigal, na Zona Sul, e no Morro dos Macacos, Zona Norte. O polo do Atitude Social também realizará outras iniciativas como esta. Sandra Vieira declarou que a intenção é apresentar uma temática por mês e o próximo tema será sobre violência contra a criança e o adolescente.
“É muito importante trazer informação para as mulheres da nossa comunidade, porque é estar acolhendo elas, mostrando para elas que estamos aqui prontas para ajudar no que for preciso. A informação é tudo e o Atitude está aqui para isso. É nossa missão ajudar a direcionar essas mulheres que estão sofrendo violência e dizer para elas que não estão sozinhas”, diz Sandra Vieira.