Há uma semana, o descaso com o direito constitucional e humano tem sido um problema diário para os moradores do Morro do Adeus e Baiana, no Complexo do Alemão: a falta de abastecimento de água. De acordo com Bruno Santana, presidente da Associação de Moradores do bairro, a situação já foi reportada para a companhia Águas do Rio, que assumiu o controle da distribuição no Rio de Janeiro após o leilão dos blocos da CEDAE.
“Essa situação de falta de água vem desde quinta-feira passada. De lá para cá, a água não tem caído nas caixas d’água. Os moradores ficam em fila esperando o abastecimento, mas não vem. Já entramos em contato com a Águas do Rio e eles informaram que a situação é por causa da pouca pressão de água”, comenta.
O descaso com a população do Alemão acontece em um momento delicado da saúde sanitária no Rio de Janeiro, sem contar o forte calor, típico dessa época do ano. Nas últimas semanas, o número de pessoas contaminadas com o vírus da gripe Influenza A tem crescido. E, dentro das formas de combate, a higienização constante é uma das principais.
Além disso, a presença do coronavírus ainda é uma realidade nas comunidades. O último levantamento do Voz das Comunidades demonstrou que, nas favelas cariocas, houve um aumento de 3,73% dos casos confirmados. No Complexo do Alemão, por exemplo, 6 moradores contraíram o Covid-19.
Para compreender a demora na solução de um direito essencial do cidadão brasileiro, a reportagem do Voz das Comunidades entrou em contato com a companhia Águas do Rio.
Em resposta, às 16h15 da tarde, a companhia informou que locomoveu uma equipe para o local para restabelecer o abastecimento no Morro do Adeus. Além disso, afirmou que a concessionar abastece com caminhão-pipa o reservatório responsável pela distribuição de água para os moradores.
Por fim, disse que a concessionária está com os canais de atendimento ativos para esclarecimentos e agilidade na prestação de serviço. e que responde mensagens pelo Whatsapp pelo número 0800 195 0 195, que também funciona como telefone”