Profissionais da educação e responsáveis de alunos de escolas localizadas no Conjunto de Favelas da Maré, Zona Norte do Rio, protestaram na manhã desta quinta-feira (24) em frente à Prefeitura do Rio de Janeiro. Com cartazes, os professores criticam a posição da Prefeitura em obrigar a abertura das escolas durante as últimas operações policiais que ocorrem na favela.
O número de escolas afetadas por conta de operações policiais era de 24 unidades. Ontem (22), o número baixou para 9 unidades fechadas.
Apesar dos conflitos intensos na região da Maré, segundo nota da indicato de Profissionais da Educação do RJ, o protesto aponta a Secretaria Municipal de Educação (SME) em descumprir medidas de segurança com o fechamento das unidades escolares, como previsto em situações de risco. No protesto, os professores exigem uma audiência com o prefeito Eduardo Paes. O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) acompanha o protesto e exige medidas imediatas para garantir a segurança de professores, funcionários e alunos.
Resposta da Secretaria Municipal de Educação
Em nota, a SME informou que 24 escolas municipais ficaram fechadas na segunda, terça e quarta-feira na Maré, mas na quinta e nesta sexta-feira, as escolas reabriram em horários alterados.
A nota afirma que “a abertura ou fechamento das escolas é conduzido pela Secretaria seguindo o protocolo Acesso Mais Seguro, em parceria com a Cruz Vermelha Internacional, o qual envolve critérios técnicos como o monitoramento permanente da situação em cada território e a atualização das forças policiais.”
Por fim, a SME releva que a dinâmica das operações policiais no território da Maré foi avaliada diversas vezes ao longo da semana. “Cada dia apresentou uma dinâmica diferente, razão pela qual a Secretaria, seguindo o protocolo, adotou procedimentos específicos de acordo com as especificidades ocorridas em cada um dos dias de operação policial”, finaliza.