Há situações que só pessoas negras enfrentam em seus respectivos cotidianos. E são exatamente essas situações que são abordadas na peça teatral Pele Preta. Criado e dirigido por Binho Cultura. o espetáculo mergulha nas raízes culturais e religiosas, destacando a luta contra o genocídio e a valorização da diversidade.
Pele Preta aborda a discriminação enfrentada por uma jovem advogada, que denuncia um ato racista à polícia, e seu amigo gay também é vítima de uma atitude homofóbica pela mesma pessoa. A peça também retrata a trágica história de um pedreiro que é confundido com um criminoso e morto por um policial. A viúva vive uma revolta, desafiando expectativas e o próprio sistema.
“Assim é a forma de educação que acredito! O efeito Sankofa, como nos apresentou Abdias do Nascimento, nos faz olhar para traz e entender o agora, é disso que se trata Pele Preta. O racismo é um projeto que perdura há séculos e as ferramentas que o mantém vivo são a arte (teatro , literatura e cinema) como olhar das classes dominantes, a religião, a publicidade, os meios de comunicação e mais recentemente a TV e a Internet.”, defende Binho Cultura, escritor e diretor da peça.
Pele Preta entra em cartaz no teatro Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro. No palco são 10 atores e atrizes e 11 músicos, além da equipe de produção, técnicos e Produtor Musical, Cenógrafa, Figurinista, vale ressaltar que é um espetáculo majoritariamente preto, de artistas da Zona Oeste e Baixada Fluminense, a grande maioria composta de mulheres.
A pré estreia será exclusiva para alunos de escolas públicas e projetos no dia 5 de julho e a estreia será dias 6 e 7 no Teatro Ipanema às 20h. Dia 20 de julho, o espetáculo acontecerá no Theatro Bangu Shopping às 20h.