O Dia do Advogado é comemorado no dia 11 de agosto. A data rememora a criação dos dois primeiros cursos de Direito no Brasil: em São Paulo e em Olinda, em 1827. Os dois cursos foram criados simultaneamente por Dom Pedro I, então imperador do Brasil.Esta data homenageia os profissionais responsáveis em representar os cidadãos perante a justiça.
Sabendo que o Direito é a ciência das normas que regulam as relações entre os indivíduos na sociedade, entendemos que a pessoa que escolhe essa profissão deve ser guiado por um apurado “sentido de justiça”. Pois, quando essas relações não funcionam dentro das normas estabelecidas, entra o seu trabalho, que é o de nortear e representar clientes em qualquer instância, juízo ou tribunal.
Nada melhor no dia do representante da justiça, da liberdade e da cidadania do que falar do trabalho de Adriano Prata Pimenta. Esse advogado, de 49 anos, 24 deles dedicados ao Direito, sempre soube que o dever do advogado é garantir a igualdade e a plena justiça, e que essa profissão seria sua missão de vida. Representar os direitos humanos e ajudar a garantir uma organização social, que também são características da profissão, ajudaram na sua escolha.
“Minha opção pelo Direito não foi, necessariamente, uma escolha por identificação profissional, mas em função do pensamento de fazer um concurso no futuro. Posteriormente, ao fazer estágio na área que desde então atuo, me identifiquei com a profissão e pude ver que era uma maneira de ajudar a diminuir as injustiças cometidas contra as pessoas. E elas existem em qualquer camada social, embora deva reconhecer que em sua imensa maioria contra os pobres”, disse Adriano.
É impossível não nos sentirmos orgulhosos desse cria do Vidigal que, assim como seu homônimo famoso, Adriano Imperador, não renega as sua origens e, apesar de ter plenas condições, devido ao grande sucesso profissional, ainda frequenta a favela, onde nasceu e seu criou, e fala com orgulho da sua origem.
“Não compartilho do pensamento que diz que “você pode ser o que você quiser”… isso não é verdade, todos nós temos limites que, às vezes, nos impedem de alcançar exatamente aquilo que aspiramos. Mas acho, e sempre pontuei isso, que podemos ser bem mais do que aquilo que as pessoas esperam – e, às vezes, desejam – que sejamos. Acho fundamental entendermos que o sucesso, seja profissional e/ou financeiro, não te faz melhor que ninguém, que o respeito é algo inegociável, que o nosso valor é medido pelo que somos e representamos para os outros. Não o que temos. Isso, assim como o conhecimento, ninguém tira. Vivemos tempos difíceis, nos quais os valores morais são outros. Então acho muito importante mostrar que sempre há escolhas e consequências para elas, cabe a cada um fazer a sua “, completou.
Adriano Pimenta, assim como o Imperador, se tornou uma figura muito importante nesse território tão carente de boas referências, porque acaba mostrando para os mais jovens que é possível ter sucesso em outras áreas, além daquelas que estamos acostumados a ver na comunidade. O Vidigal é referência no segmento artístico e temos também exemplos de pessoas bem sucedidas no esporte. Ver agora um profissional de uma área tão elitizada entre nós é um ótimo exemplo.
“Outro dia um garotinho (criança fica doida quando vê o meu carro passar) me perguntou como fazia para ter um igual ao meu. A primeira coisa que sugeri foi: estude bastante e vá em busca do seu sonho. Pode, até, não conseguir, porque a vida é assim, mas terá feito o seu melhor e chegará a algum lugar sempre”, finalizou.
Noites em claro, fins de semana de estudo e muito trabalho.Todos estes sacrifícios valeram a pena. Um advogado comprometido com o seu dever e tem prazer em ajudar os cidadãos. A simplicidade com que lida com o seu sucesso e a forma que trata todos ao seu redor mostram o quanto a sua missão nesse mundo cheio de injustiças está sendo cumprida com êxito.
“Há algum tempo, quando ainda morava mesmo no Vidigal, um dia subi o morro com o meu carro e, ao passar por um grupo de pessoas, buzinei cumprimentando a todos. No dia seguinte um amigo que estava próximo disse que ouviu o gerente do morro à época falar que eu era muito “responsa”. Pois, mesmo morando num casarão e tendo um Audi A5, eu falava com todo mundo, não virava a cara para as pessoas. Isso é ter valor, não dispor de valores!! São coisas bem diferentes, embora possam ser confundidas”, finalizou.