A juíza Camila Rocha Guerin determinou, nesta segunda-feira (26), o arquivamento das acusações contra Igor Melo de Carvalho e Thiago Marques Gonçalves. O Ministério Público (MP) concluiu que os dois não cometeram o crime e pediu a anulação do processo.
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De acordo com a promotoria, Igor e Thiago estavam “comprovadamente trabalhando” no momento do suposto assalto denunciado por Josilene da Silva Souza. Na noite de 23 de fevereiro, a mulher apontou Igor como autor do roubo para o namorado, o PM reformado Carlos Alberto de Jesus, que perseguiu e atirou contra os dois. Igor, que trabalhava como garçom, jornalista e inspetor, saía do serviço de uma casa de shows na Penha e havia solicitado a moto de Thiago por aplicativo.

Baleado nas costas, Igor perdeu um rim e teve o baço e o intestino afetados. Thiago, que foi preso injustamente, ficou dois dias detido até ser solto após audiência de custódia. A Justiça determinou que a moto dele seja devolvida e reforçou o pedido do MP para que a conduta do PM reformado seja investigada.
O advogado de Thiago, Carlos Nicodemos, afirmou que tomará medidas legais para reparação dos danos causados ao cliente, incluindo ação indenizatória e acompanhamento do processo criminal que apura tentativa de homicídio e falsa comunicação de crime.