Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades
O rio, que corta o Complexo do Alemão, Inhaúma e adjacências, segue esquecido pela cidade do Rio. Ainda em julho de 2017, a empresa Municipal de Urbanização (RioUrbe) apresentou à população um projeto inicial para a revitalização das margens do Rio Timbó (no trecho entre as avenidas Itaóca e Adhemar Bebiano). Essa foi uma grande revindicação dos moradores para a região devido às condições do local. No entanto, após quase 3 anos, a promessa ainda não saiu do papel.
Em primeiro lugar, a saga em busca de melhorias nas margens do Rio Faria Timbó continua. A situação do local se torna preocupante a cada verão que passa, em vista das fortes chuvas que costumam assolar a cidade nesta época. A cada ano, moradores aguardam ansiosos por algum tipo de revitalização no local. Entretanto, o que acontece é o inverso disso. A faixa de mato que beira o rio, na Rua Carmen Cinira, na comunidade da Fazendinha, está cada vez mais alta. E, em alguns trechos, já não é mais possível sequer ver o interior do rio.
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Moradores sofrem com o abandono do Rio Timbó
Moradora do local há algumas décadas, Paulina Teresa Martinolio de Oliveira, de 67 anos, vive situação muito delicada. Pois, a casa onde a idosa mora acaba sendo uma das vítimas mais duras da chuva na região. O teto da casa, por exemplo, está caindo por conta dos fortes temporais ocorridos. Além disso, quando o problema não vem de cima, vem por baixo, graças ao alagamento, decorrente da água que sai do rio. “Além da preocupação com o rio, há também com o telhado. Quando enche isso aqui entra por todos os lados, inclusive embaixo. Quando chove não tem para onde correr. Fico aqui dentro. Precisamos de ajuda”, relatou Paulina Teresa.
Além da situação complicada em razão das condições do rio, moradores da localidade também denunciam o enorme acúmulo de lixo no local. Pois, pessoas que também moram próximo jogam lixo na beira do rio, alegando que não há caçambas próximas à rua Carmen Cinira. Mas, existe coleta quase diária, segundo eles, na rua Dona Emília. Contudo, o problema vai além dos lixos deixados por moradores, visto que grande quantidade de entulhos deixados por lojas de materiais de construção, comércios, bares e hortifrutis, é consequência da falta de fiscalização no local.
Até o fechamento da matéria, a RioUrbe, Comlurb e a Superintendência Regional de Inhaúma não atenderam às tentativas de contato efetuadas por nós.