Se uma grande cidade consegue ter os seus problemas, com as favelas o caso não é diferente. No cotidiano de uma comunidade, além de conviver com problemas que impactam a sociedade como um todo, questões internas também atingem moradores em diferentes estruturas sociais. O funcionamento de uma escola, um curso oferecido, a falta de acessibilidade ou a segurança pública são tópicos que preocupam os moradores. Mas através do CPX em Ação, pessoas de várias localidades puderam debater e achar soluções para problemas do território.
O último CPX em Ação ocorreu no último sábado (10) e contou com a presença de lideranças locais, articuladores sociais e moradores de comunidades que conversaram sobre problemas, ideias e soluções para melhorar o cotidiano das favelas. Nas paredes, painés com os problemas identificados, possíveis resoluções e soluções, além de um espaço para sugestões preenchidas pelos próprios moradores.
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Camila Santos, conhecida como Camila Moradia, sempre lutou pelo direito de um lar dentro da comunidade. Criada na favela da Skol, hoje ela lidera o movimento que luta por moradia no Complexo do Alemão. Trazendo painéis falando justamente sobre o direito da população de ter uma casa, ela falou sobre a importância do evento. “A gente fala tanto em construções coletivas e em sermos ouvidos. E o fórum é pra isso. É pra gente apresentar nossas demandas, poder participar da construção e apresentar soluções que a gente acredita, de fato, que sejam soluções reais para as nossas demandas.”
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(Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades)
Jefferson Alves é coordenador na Nave do Conhecimento na Nova Brasília. Participando do evento e das rodas de conversa, Jefferson também valorizou a iniciativa e fez uma reflexão o quanto é importante a participação da comunidade ao levar demandas para Plano de Ação Popular do CPX. “É muito importante, por ser um evento que está sendo pós-pandêmico né? A sociedade está se organizando, refletindo e as diversas temáticas abordadas aqui são de suma importância para o desenvolvimento do Complexo Alemão. E essas questões, ao serem discutidas coletivamente, agrega valor e o fator que acaba servindo como uma referência, porque geralmente as coisas para quem mora em favela vem muito de cima pra baixo. Então essa mobilização aqui ela é de suma importância.”
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(Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades)
As demandas apresentadas foram debatidas durante a manhã. À tarde, uma plenária com os convidados apresentou soluções de questões que já vinham sendo discutidas pela comunidade.