Na manhã desta quarta-feira (17), a favela da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, foi uma das dez que são alvo da Operação Ordo, organizada pelo Governo do Estado do Rio junto a polícia e órgãos públicos. Com a presença de agentes de segurança, a secretaria de Ordem Pública aproveita o apoio logístico para cumprir suas próprias ações. Entre elas, desobstrução de calçada e de calha de rio com construções irregulares, provocando risco de enchentes.
Os moradores alegam que não foram informados com antecedência sobre as demolições. Com isso, os moradores foram as ruas mostrar sua insatisfação. Policiais foram acionados e segundo relatos atiraram balas de borracha e bomba de gás.
A equipe do NGB News estava presente no local e conseguiu entrevistar os moradores que estavam no protesto na Cidade de Deus.
Por conta do protesto, as ruas Edgar Werneck e Miguel Salazar, duas principais vias do bairro, chegaram a ser interditadas nos dois sentidos.
De acordo com a Rio Ônibus, nove linhas que circulam na região da Cidade de Deus estão com alteração no itinerário. São elas:
Linha 348 (Riocentro x Candelária)
Linha 550 (Cidade de Deus x Gávea)
Linha 600 (Taquara x Saens Peña)
Linha 861 (Rio das Pedras x Curicica)
Linha 954 (Taquara x Recreio)
Linha 368 (Rio Centro x Candelária)
Linha 611 (Del Castilho x Camorim)
Linha 900 (Merck x Downtown – Barra da Tijuca)
Linha 990 (Merck x Joatinga)
Para Brenno Carnevale, as demolições são necessárias. “A prefeitura está dando um recado muito claro de que não vai admitir construções ilegais. Acho fundamental essa capilaridade. Desde 2021 a gente fez mais de 4 mil demolições em várias regiões da cidade. Claro que várias delas em áreas que sofrem influência do crime organizado. Então acho que a importância, o foco principal é a preservação da vida, essas construções sem acompanhamento, sem licença, elas são um risco para as pessoas”, salienta Carnevale, secretário de ordem pública da prefeitura do Rio, ao Jornal O Globo.