A Páscoa está cada vez mais perto, com cheirinho de chocolate no ar. Fomos conhecer o trabalho de duas confeiteiras que transformaram a paixão por doces em um negócio que vai muito além do sabor. Tati Santana, da Rocinha, Zona Sul, e Rafaela, no Barbante, Zona Oeste do Rio, contam um pouco de duas histórias e as expectativas para a Páscoa.
Tati Santana sempre teve carinho pela confeitaria, mas foi em 2020, com o nascimento da filha, que essa paixão se tornou um negócio. “Sempre gostei de fazer doces, mas era só para família e amigos. Aniversário chegando? Eu fazia brigadeiro, um bolinho. Mas nunca tinha pensado em vender”, relembra. Seu marido a inscreveu em um curso de cake design, que acabou sendo adiado. Mas decidiu investir em aulas menores e começou a se aperfeiçoar.

A virada veio com a pandemia, “o comércio continuava funcionando e eu e minha sobrinha começamos a vender sobremesas nas ruas. Acordávamos cedo para produzir e, na hora do almoço, saíamos para vender”, conta. O crescimento do negócio fez com que ela decidisse sair do emprego de professora e abrir um ateliê. “Não dava mais para conciliar, ainda mais com uma filha pequena. Eu fazia bolo de festa e não tinha como descer de moto com ele”, relembra.

Hoje, Tati enxerga a confeitaria como um caminho de crescimento, mas também de solidariedade. “A gente já conquistou tanta coisa! Nossa casa própria, carro, viagens. Mas o que mais me motiva é poder ajudar outras pessoas. Sempre que posso, arrecado alimentos, faço ações na igreja. Minha filha já aprendeu isso e sempre quer ajudar. Eu fico orgulhosa”, diz.
Rafaela, por sua vez, encontrou na confeitaria um refúgio em um momento difícil. Em 2019, sua mãe ficou doente, e ela, recém-separada, pediu demissão para cuidar da mãe. “Eu estava perdida, sem saber o que fazer. Sempre gostei de cozinhar, mas nunca tinha vendido nada. Aí comecei a fazer fatias de bolo na marmitinha. Foi um sucesso”, conta.
Com o dinheiro das vendas, Rafaela investiu em cursos, “saber fazer o doce eu já sabia, mas faltava técnica na decoração. Fui me especializando aos poucos”, explica. Depois de passar por diferentes bairros, atualmente ela atua no Barbante, onde conseguiu estruturar melhor o negócio e equilibrar o trabalho com a maternidade. “Antes, eu trabalhava fora e perdi momentos importantes da minha filha mais velha. Vi os primeiros passos e o ‘mamãe’ por vídeo. Agora, com minha bebê, estou presente. Isso não tem preço”, reflete.

Para Rafaela, o mais gratificante é ver a reação dos clientes. “Eu não vendo só doces, vendo sonhos. Faço parte dos momentos especiais das pessoas. Minha encomenda só termina quando o cliente me dá o feedback. Se ele diz que todo mundo amou, pronto, missão cumprida”, afirma. Seu sonho é expandir o negócio. “Quero abrir várias confeitarias pelo Rio. Todo mundo me fala: ‘Rafa, você ainda vai ser famosa!’. Eu acredito nisso”, diz.
Com a Páscoa chegando, as duas confeiteiras já estão preparando novidades. Tati aposta em produtos acessíveis, pensando na alta do chocolate, “vou investir em lembrancinhas, opções menores, mas com qualidade. Quero que todo mundo consiga comprar algo especial”, explica. Rafaela mantém a dedicação em cada detalhe, “se eu vejo que não vou conseguir atender alguém da melhor forma, prefiro não pegar a encomenda. Tudo tem que sair perfeito”, afirma.

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