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ONG Voz das Comunidades realiza oficinas de contação de histórias no Complexo do Alemão

Projeto busca fortalecer identidade e cultura local com oficina para educadores e a comunidade
Foto: Uendell Vinicius

A primeira oficina de contação de história aconteceu neste sábado (09), na Casa Voz. Organizado pela equipe de Impacto Social do Voz das Comunidades, a programação, voltada para educadores e moradores do território, agrega o projeto “Invasão de Livros”.

O projeto “Invasão de Livros”, idealizado por Rene Silva em memória à invasão policial no Complexo do Alemão em 2010, distribui livros pelas favelas do Rio de Janeiro e promove oficinas educativas. Este ano, a equipe de impacto social, coordenada por Geisa Pires, decidiu expandir a iniciativa com um curso de contadores de história. “A ideia é que essa formação ajude a espalhar ainda mais a cultura literária por territórios como o Complexo do Alemão, Penha, e Vidigal, acessando as comunidades cariocas e reforçando a importância da cultura literária,” explicou Geisa.

O dia teve início com a apresentação dos palestrantes Paulo Gomes e Sinara Rúbia. Sinara começou com uma breve contação de história sobre sua história de vida, de forma lúdica e chamativa. 

Ao longo do evento, educadores aproveitaram o momento para compartilhar experiências em sala de aula. Evanita Silva, professora,  destaca a importância da oficina em seu trabalho com os alunos. “A oficina traz uma importância muito grande, quando eu preciso me alimentar dessa cultura que é presente dentro da nossa comunidade, e trazer para as crianças esse modelo novo, dizer para as crianças que a princesa ela pode ser de qualquer cor, ela pode ser negra. E quando eu levo isso para a minha sala de aula, quando eu participo dessa formação é porque eu preciso me apropriar desse conhecimento.”

Evanita explicou que seu interesse pelo curso surgiu da proposta voltada para a literatura negra. “Eu olho toda população da nossa comunidade e vejo que é majoritariamente preta. As minhas crianças também são pretas, apesar de algumas não se reconhecerem nesse movimento, mas são pessoas pretas. A gente vem trazendo o apagamento da nossa identidade, hoje temos a oportunidade de dizer ‘eu estou aqui, essa formação ela é para mim”, muitos cursos de contador de historia eu ja vi, mas hoje tem esse diferencial, porque é a primeira vez que ouço falar aqui que existe um curso só sobre literatura negra”.

Márcia Melo, uma das participantes e vendedora, relatou o impacto da literatura em sua vida e seu desejo de levar isso adiante. ”Eu sempre gostei muito de ler e eu falava assim, a leitura me leva a lugares assim… o mundo caiu do meu lado e eu estava ali lendo, entretida naquilo. Então eu acho isso muito legal. A vida é muito difícil, então você levar uma criança, um adolescente a ganhar conhecimento de sonhar, isso é muito, é muito bom”.

A distribuição de livros ainda vai acontecer no território do Complexo do Alemão e campanha de arrecadação segue forte. Livros podem ser entregues na próxima Casa Voz, no endereço Engenheiro Manoel Segurado, 228, no CPX do Alemão. A organização também está aceitando PIX para realizar a ação, este que pode ser feito para o e-mail [email protected]

Para saber mais, acompanhe redes sociais Voz das Comunidades.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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