Pesquisar
Close this search box.

Rio Faria Timbó segue abandonado e moradores pedem atenção ao local

O rio, que atravessa o bairro de Inhaúma, segue desde 2017 aguardando revitalização prometida pela prefeitura.

Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

O rio, que corta o Complexo do Alemão, Inhaúma e adjacências, segue esquecido pela cidade do Rio. Ainda em julho de 2017, a empresa Municipal de Urbanização (RioUrbe) apresentou à população um projeto inicial para a revitalização das margens do Rio Timbó (no trecho entre as avenidas Itaóca e Adhemar Bebiano). Essa foi uma grande revindicação dos moradores para a região devido às condições do local. No entanto, após quase 3 anos, a promessa ainda não saiu do papel.

Em primeiro lugar, a saga em busca de melhorias nas margens do Rio Faria Timbó continua. A situação do local se torna preocupante a cada verão que passa, em vista das fortes chuvas que costumam assolar a cidade nesta época. A cada ano, moradores aguardam ansiosos por algum tipo de revitalização no local. Entretanto, o que acontece é o inverso disso. A faixa de mato que beira o rio, na Rua Carmen Cinira, na comunidade da Fazendinha, está cada vez mais alta. E, em alguns trechos, já não é mais possível sequer ver o interior do rio.

Rio Faria Timbó transbordou durante o período de chuvas na última semana de 2020. Moradores afirmam que a situação só não foi pior devido às obras no trecho, que ficou conhecido como “Buraco da Itaóca”.
Foto: Reprodução

Moradores sofrem com o abandono do Rio Timbó

Moradora do local há algumas décadas, Paulina Teresa Martinolio de Oliveira, de 67 anos, vive situação muito delicada. Pois, a casa onde a idosa mora acaba sendo uma das vítimas mais duras da chuva na região. O teto da casa, por exemplo, está caindo por conta dos fortes temporais ocorridos. Além disso, quando o problema não vem de cima, vem por baixo, graças ao alagamento, decorrente da água que sai do rio. “Além da preocupação com o rio, há também com o telhado. Quando enche isso aqui entra por todos os lados, inclusive embaixo. Quando chove não tem para onde correr. Fico aqui dentro. Precisamos de ajuda”, relatou Paulina Teresa.

Dona Paulina mostra altura dos degraus e comportas que servem para impedir a entrada da água em casa. Foto: Selma Souza/ Voz das Comunidades

Além da situação complicada em razão das condições do rio, moradores da localidade também denunciam o enorme acúmulo de lixo no local. Pois, pessoas que também moram próximo jogam lixo na beira do rio, alegando que não há caçambas próximas à rua Carmen Cinira. Mas, existe coleta quase diária, segundo eles, na rua Dona Emília. Contudo, o problema vai além dos lixos deixados por moradores, visto que grande quantidade de entulhos deixados por lojas de materiais de construção, comércios, bares e hortifrutis, é consequência da falta de fiscalização no local.

Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

Até o fechamento da matéria, a RioUrbe, Comlurb e a Superintendência Regional de Inhaúma não atenderam às tentativas de contato efetuadas por nós. 

Compartilhe este post com seus amigos

Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
WhatsApp
jojobetCasibom GirişDeneme Bonusu Veren SitelercasibomCasibomMeritking GirişBets10holiganbet girişbaywingrandpashabet girişDeneme Bonusu Veren Sitelercasibom girişdeneme bonusuDeneme Bonusu Veren Siteler

EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

Contato:
[email protected]