Exaustão, cansaço e ausência de serviços… Essa é a realidade de mães atípicas da Cidade de Deus, favela localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Prezando pelo cuidado dos seus filhos, muitas vezes, essas mães não conseguem exercer um ofício profissional.
Pensando nisso, a ONG Nóiz, em parceria com a empresa Misteka, inaugurou um curso de crochê para mães de crianças autistas que não tem tempo para trabalhar fora. O projeto tem como objetivo transformar a rotina dessas mães em um negócio como fonte de renda.
André Melo, presidente da ONG Nóiz, conta que a ideia surgiu através da grande demanda de famílias com crianças especiais que estão carentes de serviços oferecidos para esse público específico. “Pintou a ideia de falar de acolhimento, não só para as crianças, mas para as famílias também. Elas não tem tempo para nada, então pensamos em criar um curso profissionalizante para gerar uma profissão e uma renda”, conta.
O curso já está em sua terceira aula e a ONG Nóiz oferece o material completo, além de aulas de vendas e empreendedorismo. “Não só estamos ensinando um oficio, mas também dando apoio. As peças criadas serão assinadas pela artesã que produziu e vamos ajudar a vendar e toda a renda vai ser passada para essas mães. Chamamos a linha de Misteka by Nóiz“, explica André.
Além do curso, enquanto as mães estão na sala de aula, a ONG oferece uma monitoria no mesmo horário para os filhos. Hoje, a ONG Nóiz atende a 250 crianças e 400 famílias direta e indiretamente na Cidade de Deus.