Livro reúne histórias recolhidas em comunidades do Rio de Janeiro contadas por repórter do Voz das Comunidades
De um lado histórias divertidas e inusitadas. Do outro, relatos da violência que ainda prejudica grande parte de moradores de favelas do Rio de Janeiro. Essas histórias estão no livro “Na favela” que será lançado na próxima sexta (18), na livraria Blooks (Espaço Itaú de Cinema), Praia de Botafogo, 316, Botafogo e foi escrito pelas jornalistas Jacqueline Fernandes e Dáurea Gramático e conta com narrativas sob perspectivas diferentes. Dáurea nunca morou na favela e Jacqueline, nascida e criada na comunidade conhecida como Boogie Woogie, na Ilha do Governador, unem suas visões e transferem para o livro os acontecimentos ouvidos e vividos nos locais.
O livro que fala sobre as histórias das favelas do Rio, não deixa de destacar também a importância de alguns relatos vividos por moradores das regiões visitadas. De forma documental e de crônicas, a obra vai da violência ao humor no desenrolar das páginas. A publicação também reúne algumas fotos, a fim de dar forma a imaginação de quem pensa como seria o interior das comunidades.
Dáurea, que já tem cinco livros lançados, dentre eles, “Histórias de gente do rádio” e “70 anos de sucesso da rádio Tupi”, é quem teve a ideia de uma obra com relatos recolhidos na época do jornalismo. As visitas que fez as favelas do Rio viraram escritos que foram documentados.
“A ideia surgiu da oportunidade de falar de um assunto que desperta muita curiosidade, principalmente em pessoas que nunca foram na favela. A gente calcula que talvez tenha uma boa repercussão no exterior, pois é muito grande a curiosidade sobre o modo de viver na favela. – Revela Dáurea Gramático
A jornalista convidou a amiga Jacqueline Fernandes, que atualmente é jornalista do portal Voz das Comunidades, para escrever a obra em parceria. A autora coloca no livro a visão de quem está do lado de dentro e de forma mais intimista, a jovem escreveu narrativas divertidas e inspiradas em histórias pessoais e ouvidas durante o período em que morou na comunidade.
“O livro tem histórias de violência, porque infelizmente ainda é uma realidade dos locais e é importante ser contada. Mas eu também quis tirar o estereótipo de que na favela, só existe isso. Tem muito relato interessante e até os que envolvem violência, eu coloco sob uma outra perspectiva”. – Destaca Jacqueline