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“A Marielle é tão gigante que não tem nada nesse mundo que a faça ser apagada”, diz Anielle ao final da missa de 7 anos do assassinato da vereadora

Instituto Marielle Franco preparou um dia repleto de atividades em homenagem ao legado e resistência de Marielle e Anderson
Foto: Uendell Vinicius / Voz das Comunidades

Hoje (14), marca 7 anos assassinato da vareadora Marielle Franco (PSOL) e do seu motorista Anderson Gomes. O Instituto Marielle Franco, fundado por sua irmã e Ministra, Anielle Franco, programou este dia com programações em memória e resistência das vítimas do crime brutal.

O dia começou com uma missa dedicada a Marielle e Anderson, às 10h, na Igreja Nossa Senhora do Parto, no centro do Rio de Janeiro. Além de familiares, a organização Mães de Manguinhos e a deputada estadual Renata Souza (PSOL) também estiveram presentes. Ao final da celebração, foi organizada uma caminhada até a estátua de Marielle, onde os familiares prepararam falas.

Ministra Anielle Franco, irmã de Marielle Foto: Uendell Vinicius / Voz das Comunidades

Durante a celebração e ato foi reforçado a memória e o legado da parlamentar carioca. Além disso, a luta pela democracia foi um tema recorrente. São sete anos que a pergunta se repete: quem mandou matar Marielle? Os executores já foram condenados – Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz estão presos –, mas os mandantes ainda não foram responsabilizados.

Em 2024, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, foram presos sob suspeita de envolvimento no crime. Mas o crime segue sem resolução. Luyara, filha da vereadora, citou uma frase da mãe enquanto pedia pelo desfecho do caso “Minha mãe sempre dizia ‘A não pode desistir e sim insistir’ então nossa família tem insistido por justiça todos esses anos”.

“São sete anos que eles nos tiraram a Marielle do nosso convívio, sete anos que nós caminhamos nessa luta por justiça. Nós como família, em outubro, tivemos uma vitória parcial com a condenação dos assassinos confessos. Daqui três dias fará um ano que pessoas influentes da sociedade estão presas em presídio de segurança máxima. Isso pra nós tem uma importância muito grande”, fala Antônio Francisco Neto, pai de Marielle.

Família de Marielle Franco durante ato simbólico no Buraco do Lume, local onde está a estátua em homenagem à vereadora, que defendia os direitos humanos Foto: Uendell Vinicius / Voz das Comunidades

Para lembrar Marielle e Anderson do jeito que eles merecem, o Instituto Marielle Franco também promove o Festival Justiça por Marielle, no Rio de Janeiro. Mais do que uma homenagem, o evento é um grito coletivo de resistência. A lineup do evento conta com nomes como Tássia Reis, Mc Carol de Niterói e Os Garotin. O evento acontece na praça da Pira Olímpica, ao lado do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), a partir das 17h.

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