Na última quarta-feira, 16/04, completou 22 anos da Chacina do Borel, quando quatro jovens foram executados por policiais militares no Morro do Borel, Zona Norte do Rio de Janeiro. O caso, que gerou repercussão nacional e internacional, teve todos os réus absolvidos e foi encerrado em 2019 sem responsabilização dos autores.
No dia 16 de abril de 2003, Everson Gonçalves Silote, de 26 anos, Thiago da Costa Correia da Silva, de 19, Carlos Alberto da Silva Ferreira, de 21, e Carlos Magno de Oliveira Nascimento, de 18, foram mortos a tiros por policiais do 6º BPM. Inicialmente, a Polícia Militar afirmou que os jovens eram traficantes e haviam morrido em confronto, versão registrada como “Auto de Resistência”.
A investigação revelou, no entanto, que os quatro não tinham antecedentes criminais. Um deles, Carlos Magno, morava na Suíça com a mãe e estava no Brasil apenas para se alistar no Exército, já que possuía dupla nacionalidade.
Cinco policiais chegaram a ser denunciados. Em 2005, dois foram absolvidos e um chegou a ser condenado, mas sua defesa recorreu e ele passou a aguardar novo julgamento em liberdade. Em 2019, o processo foi arquivado definitivamente, sem que nenhum dos responsáveis fosse punido.