Complexo do Alemão, Jacarezinho e Morro do Dendê, na Zona Norte do Rio, além da Rocinha, na Sul, são as favelas que terão um de seus campos de futebol reformados por uma empresa estrangeira chamada Blockchain Sports. O investimento é de R$ 2 milhões e a previsão é que até o mês de maio as obras estejam finalizadas para receber o projeto social esportivo da empresa bielorrussa. O objetivo é atender em torno de 400 garotos, com treinos técnicos e acompanhamento psicológico, em parceria com as respectivas localidades.
Cada localidade selecionada será uma espécie de ‘peneira’. Com isso, os jogadores que se destacarem nos treinamentos e jogos vão ser selecionados para treinar no CT da Blockchain, localizado em Pinheiral. O local tem capacidade para receber até 80 atletas e metade deles serão selecionados das favelas.
A escolha das localidades, de acordo com o diretor de projetos Lucas Mapurunga, tem a ver também com o grande número de moradores, “incluindo jovens e crianças. Além disso, elas foram escolhidas porque são comunidades que sentem falta de projetos sociais e esportivos”.
Investimento no Brasil
Com a intenção de revelar novos talentos para o futebol, desde agosto de 2023, a empresa de esportes da Bielorrússia, Leste Europeu, investiu ao todo cerca de R$ 50 milhões em projetos sociais no Brasil. Além do Rio de Janeiro, a Blockchain Sports tem um projeto esportivo no Ceará, com o centro de treinamento em Acopiara, interior do Ceará (localizado a 352 km da capital, Fortaleza).
O complexo esportivo conta com alojamento, campos de grama natural e sintética e prédio administrativo; na sequência, também serão construídos dormitórios, escola, SPA, hotel, estádio para 10 mil pessoas, arquibancada e vestiários – todos com conclusão prevista para 2025, para quando a empresa tem a previsão de colocar em campo um time profissional.