Durante assembleia, na última quarta-feira (4), os professores da rede municipal do Rio decidiram manter a greve deflagrada no último dia 25. A reunião aconteceu na quadra da São Clemente, na Cidade Nova, Região Central do Rio. A Câmara Municipal do Rio aprovou na noite de terça-feira (3), o Projeto de Lei Complementar (PLC) 186/2024, que motivou a paralisação da categoria.
Marcel Gavazza, coordenador-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe-RJ), afirmou que a categoria vai realizar um ato em frente à prefeitura em busca de diálogo com o governo. “Queremos ser recebidos. Iniciar o diálogo com o governo de Eduardo Paes e com a Secretaria de Educação”, explicou o coordenador.
Nesta quinta-feira (5), o calendário de greve dos professores inclui visita às escolas pela manhã e à tarde, a partir das 14h, uma nova vigília na Cinelândia. “Nós estaremos lá, colocando o nosso posicionamento. Principalmente, pela supressão do Artigo 12, que conta nossa carga horária em minutos”, afirmou Gavazza. A próxima assembleia está marcada para a próxima sexta-feira, às 10h, quando a categoria vai avaliar os próximos passos.
O PLC em questão, aprovado por 31 votos a 5, altera o estatuto dos servidores municipais e o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos professores. A proposta que mais mobiliza os professores é a de contabilizar a carga horária em minutos, e não mais por hora trabalhada. O PLC 186 também acaba com a licença especial, conhecida como licença-prêmio, para todos os servidores municipais; altera o prazo de estágio probatório para três anos e autoriza o parcelamento de férias, entre outras medidas. O PLC volta ao plenário nesta quinta-feira, em segunda discussão, quando serão debatidas as emendas ao texto.