Dia 6 de fevereiro era para ser um dia feliz de volta às aulas, mas não foi bem assim que aconteceu na Escola Municipal Jorge Zarur localizada na Vila Kennedy, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Desde o início do ano letivo, pais de alunos reclamam da demora para a entrega dos kits escolares e da ausência dos professores.
Nathalia Castro da Fonseca, mãe de um aluno do primeiro ano, contou que desde fevereiro houve problema em relação a professora escolhida e divergência no nome do profissional na listagem oficial. “Divulgaram o nome de uma professora e no dia da aula era outra”, conta a mãe.
Além disso, Nathalia conta que a professora em exercício não corrigia e nem se importava se as crianças estavam copiando as atividades. Os responsáveis reclamam que seus filhos que cursam o primeiro ano do ensino fundamental ainda não sabem ler.
Segundo relatos, no dia 2 de abril essa professora foi afastada e a coordenadora pedagógica da escola assumiu a turma por três dias. Logo após, outra professora substituta assumiu a turma. Os pais, esperançosos, ficaram muito contentes porque era uma excelente profissional, mas segundo Micaela Rodrigues, mãe de uma aluna da escola, a professora em questão trabalhava em Seropédica e não conseguia chegar na Vila Kennedy a tempo. Logo, novamente a turma do primeiro ano da Escola Municipal Jorge Zarur ficou sem professor.
Nathalia contou que o Conselho Regional de Educação (CRE), garantiu que três professores concursados iriam para a unidade, porém a nova professora que assumiu a turma hoje, dia 17/04, continua sendo provisória. “Eu me sinto totalmente impotente. É um direito básico da criança e meu filho está sendo privado disso”, desabafa a mãe.
Sem fluidez de ensino e vínculo com os alunos, essa dança das cadeiras preocupa muito os pais e alunos da Escola Municipal Jorde Zarur. E além de todos esses problemas, eles também precisam lidar com as constantes operações policiais que deixam os alunos sem aulas.
O Voz das Comunidades entrou em contato com a Secretaria Municipal da Educação e, por nota, eles informaram que a turma do primeiro ano foi atendida pela coordenadora pedagógica e que a 8ª CRE já encaminhou à unidade escolar dois professores para suprir a falta de profissionais.