Em noite histórica, Junina Vlá leva ‘O Conto das Águas’ para o Arraiá do Alemão

Fundada por jovens do Alemão para resgatar a tradição das quadrilhas em Ramos, quadrilha leva ao Arraiá uma reflexão poética e impactante sobre o ciclo das águas
Foto: Fabrício Sousa / Voz das Comunidades

O Arraiá do Alemão 2025 marcou a estreia de rua da Quadrilha Junina VLA, com o espetáculo “O Conto das Águas”, que levou ao público uma experiência visual sobre a importância e os mistérios que envolvem esse elemento primordial para a vida. Fundada em 2017 por jovens da Grota, no Complexo do Alemão, a Junina Vlá surgiu com a missão de resgatar a tradição junina na região de Ramos, onde a cultura das quadrilhas estava quase extinta.

Foto: Fabrício Sousa / Voz das Comunidades

Sob a direção e coreografia de Danilo Faria, 34 anos, um dos idealizadores do grupo, a quadrilha levou cerca de 15 pares para a Praça Inhaúma, que encantaram o público com figurinos, efeitos e coreografias que abordam tanto a beleza quanto os desafios trazidos pela água da vida que ela gera à destruição provocada por fenômenos naturais como enchentes e tsunamis. “É um espetáculo visual mesmo. A gente quer provocar emoção e reflexão”, explica Danilo.

Com temas autorais desde sua estreia em 2018, quando homenagearam a história da Xuxa, a quadrilha Junina Vlá vem se consolidando no cenário junino como um grupo que une arte, crítica e resistência cultural. A emoção da apresentação no Arraiá foi compartilhada pelos integrantes, que, segundo Danilo, carregam na dança o suor, o sacrifício e o amor por manter viva a cultura junina e nordestina na comunidade do Complexo do Alemão.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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