PM que matou feirante na Penha segue preso por decisão da Justiça

A mulher do policial nega que tenha acusado o rapaz de roubo
O casal teria dito que Pedro "era só mais um". Foto: Reprodução

Fernando Ribeiro Baraúna foi preso em flagrante pela morte de Pedro Henrique Morato. De acordo com a decisão da Justiça, o sargento continuará em prisão preventiva para não atrapalhar as investigações. Fernando agora responde por homicídio qualificado.

Na audiência de custódia, o juiz entrevistou feirantes, os policiais envolvidos na ocorrência e a mulher do policial. Testemunhas afirmaram que o PM falou para a vítima não correr. Pedro só estava montando a barraca em que trabalhava. Após os tiros, a mulher do sargento chegou e acusou ele de roupa. De acordo com quem estava presente na hora do crime, o casal teria dito que ele era “cracudo” e que “era só mais um”.

O crime aconteceu porque Natália Teles, esposa de Fernando, afirmou que foi roubada por Pedro dentro de uma boate. Agora, ela mudou a versão. Natália alega que não viu a confusão dentro da boate, mas que acompanhou o esposo para fora. Em seguida, ela disse que um homem passou correndo e atingiu o pescoço do marido com um objeto cortante. Assim, casal passou a correr atrás da pessoa, mas ela acabou para trás e que não tinha visto as características físicas do suposto agressor. 

Testemunhas negam o envolvimento de Pedro em qualquer confusão. O corpo do rapaz foi enterrado na última segunda, dia 7.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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