Oito favelas do Rio amanhecem com operação policial na manhã desta quinta (10); mais de 40 escolas foram fechadas

Além do Complexo da Maré, Fallet e Fogueteiro também recebem ação da polícia; ao todo 46 unidades escolares foram impactadas
Maré teve 42 operações em 2024. Foto: Reprodução

Caveirões blindados e policiais circulam entre o Conjunto Esperança, Vila do João, Salsa e Merengue, Vila do Pinheiro, Morro do Timbau, Nova Maré e Baixa do Sapateiro. A movimentação de agentes na região é intensa e o clima é de tensão.

O Complexo da Maré sofreu 42 operações policiais em 2024. Em 88% dessas ações, veículos blindados circularam próximos a escolas, segundo um relatório do De Olho na Maré. Por 37 dias alunos ficaram sem aula por conta de confrontos.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informa que, na região da Maré, 42 unidades escolares foram impactadas pelas operações policiais em curso.

Além disso, no Fallet-Fogueteiro também acontece uma ação policial desde 5h da manhã. De acordo com moradores, um caveirão destruiu o carro de um morador e danificou a van escolar que levava as crianças pra Fundação Bradesco. Não houve feridos

Blindado danificou veículos no Fallet. Foto: Reprodução

A Secretaria Municipal de Educação informou que na comunidade do Fallet duas escolas foram impactadas. Já no Morro do Fogueteiro, foram duas unidades.

Em nota a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que, no momento, duas unidades de saúde nas regiões de Santa Teresa e Rio Comprido, suspenderam as atividades externas nesta manhã. Já, na região da Maré e adjacências, seis unidades municipais de saúde, entre clínicas da família e centros municipais de saúde, suspenderam o início do funcionamento ou as atividades externas.

Moradores que se sentirem violados, podem entrar em contato com Ministério Público do Estado do Rio por meio do número 127 ou por meio do formulário https://www.mprj.mp.br/comunicacao/ouvidoria/formulario

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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