Morro do Juramento enfrenta constantes tiroteios, que afetam serviços essenciais e a rotina dos moradores

Violência deixou um morador baleado; há operações policiais ocorrendo também no Catiri e Primavera
Foto: Reprodução / Internet

A guerra e os constantes tiroteios no morro do Juramento, Zona Norte do Rio, por conta de disputas territoriais já duram quatro dias. Na noite de quinta-feira (26), segundo relatos de moradores, o confronto durou mais de 8 horas, um morador acabou sendo vítima e foi baleado. 

De acordo com a Polícia Militar, os agentes encontraram a vítima ferida na Avenida Meriti com a Avenida Pastor Martin Luther King, próximo ao Juramentinho. Ele foi socorrido e encaminhado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte da Cidade. Até o momento, não há atualizações sobre seu estado de saúde. 

Por conta do intenso tiroteio, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que, no Morro do Juramento, quatro escolas suspenderam as aulas. Enquanto no Juramentinho, duas unidades foram impactadas na manhã desta sexta (27). Já a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), informou que apenas uma clínica da família suspendeu o funcionamento e avalia a possibilidade de abertura nas próximas horas. 

Devido ao clima de tensão na comunidade, por volta das 21h de quinta-feira, as estações do metrô de Vicente de Carvalho e Thomaz Coelho, na linha 2, precisaram fechar o acesso, por medida de segurança. A circulação de trens no trecho chegou a ser impactada em determinado momento, mas voltou à normalidade logo em seguida. 

Através de nota, a PM informou que o comando do 41º BPM (Irajá) já intensificou o policiamento na região, com equipes em viaturas nos acessos e realizando ações de cerco.  

Operações Policiais no Morro da Primavera e em Catiri 

Além de tudo isso que está acontecendo no morro do Juramento, nesta manhã (27) o Morro da Primavera, em Cavalcante, Zona Norte do Rio; e na comunidade de Catiri, em Bangu, Zona Oeste do Rio, amanheceram com operações policiais. 

Devido as incursões, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação, três escolas precisaram ser fechadas em Bangu e na região da comunidade de Catiri cerca de duas unidades escolares foram impactadas por conta das operações. 

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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