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Polícia Militar realiza operação na Vila Kennedy; três escolas foram afetadas

Ações de agentes do estado têm ocorrido no mesmo horário escolar
Foto: Reprodução

Logo no início do dia, mais especificamente às 5h da manhã, os moradores da Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio de Janeiro, despertaram com uma operação da polícia militar pela comunidade, gerando uma situação preocupante e encerrando as atividades de três escolas na região, de acordo com a Secretária Municipal de Educação. Porém, a instituição não divulgou os nomes dos centros de educação.

Nas últimas semanas, os horários das ações dos agentes de segurança pública têm coincidido com o momento em que os estudantes e responsáveis se preparam ou realizam o trajeto escolar.

https://twitter.com/reacao_acao/status/1497147841185157122

Em busca de entender esse procedimento que coloca a integridade física e psicológica da população em risco, a equipe de reportagem do Voz das Comunidades entrou em contato com as instituições de segurança e de educação para compreender o porquê deste horário ser o mais recorrente nessas intervenções. Apenas a Secretaria de Estado de Polícia Militar retornou até o momento.

De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Militar, as operações realizadas nas favelas estão seguindo os protocolos da ADPF 635 do Supremo Tribunal Federal (STF). A instituição ainda ressalta que preza pela preservação de vidas em todas operações. Entretanto, a estratégia adotada de realizar as ações logo pela manhã, um período em que os pais e crianças estão em trajeto escolar, não demonstra que realmente o cuidado com a integridade da população seja uma prioridade.


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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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