Diante da pandemia de coronavírus no Brasil, e das medidas emergenciais da prefeitura do Rio e do governo do Estado, presidentes de associações de moradores do Complexo do Alemão chamam atenção para ações específicas para evitar contágio e transmissão nas favelas cariocas. Além da falta de água em algumas localidades, não apenas no Alemão como também na Rocinha, em Acari, na Cidade de Deus, a maioria dos moradores não tem condições de arcar com os custos para comprar álcool em gel.
A distribuição gratuita de um kit de prevenção é a solução que sugerem ao prefeito Marcelo Crivella e ao governador Wilson Witzel. O kit deve ter álcool em gel, luvas e máscara para uso externo, além de sabonete, detergente, álcool líquido para uso em casa e ambientes de trabalho nas favelas.
“Precisamos de um kit higiene urgente. A gente tem que se abraçar entre nós mesmos. Somos mais uns favelados esquecidos pelo governo, onde só somos lembrados em época de eleições. Um kit prevenção é muito importante e até agora nada! Vamos obedecer e ficar em quarentena, mas a prefeitura e o governo tinham que se manter presentes.” BURUCA, presidente da associação do Reservatório
“É uma obrigação deles mandar esse kit pra gente e até agora não fizeram nada e nem falaram nada. Não dá pra esperar o pior acontecer.” MARQUINHOS, presidente da associação da Nova Brasília
Colaboração: Beatriz Diniz / Foto: Bento Fábio / Coletivo Papo Reto