Antes de começar abordar a questão da jovem Matheusa, gostaria de abrir um parêntese importante para um bom entendimento do texto. O agente aqui citado se identifica com não binário, ou seja, entende-se que sua identidade de gênero não é nem de homem nem de mulher, mas sim em algo terceiro e exterior. Portanto há uma a grafia de adjetivos e pronomes para melhor corresponder à forma como se sente.
O estudante de Artes Visuais da UERJ Matheus Passareli, conhecide como Matheusa, está desaparecide desde 29 de abril. A única informação concreta que se tem, até então, é uma foto entregue aos familiares em que ela aparece andando próximo a uma comunidade na Zona Norte do Rio de Janeiro, por volta das 3 da madrugada de domingo, dia do suposto desaparecimento.
Seu irmão, Gabriel Passareli, que também se identifica como não binário e atende por Gabe, publicou em seu perfil do Facebook o anúncio do desaparecimento de Matheusa:
“Boa noite, gente. Matheus Passareli foi a um aniversário ontem (sábado), à noite, e desde as 2 da madrugada está desaparecide. O local é na região do Encantado, Piedade (perto do Méier). Já acionamos a polícia e um grupo de amigas está circulando e procurando. Contamos com todes para encontrarmos a Matheusa. Ainda estamos sem notícias.”
Amigos, familiares e amigos criaram uma página no Facebook chamada Cadê Matheus Passareli – Theusa?, para ser mais uma ferramenta de auxílio nas investigações. É importe lembrar que os internautas também podem ajudar compartilhando os anúncios feitos na página.
O deputado federal Jean Wyllys também se manifestou. Ele disponibilizou uma equipe no Rio para apoiar os parentes da Matheusa e entrou em contato com membros da Comissão de Direitos Humanos, da Rio Sem Homofobia, da Justiça Global, da Anistia Internacional e da própria UERJ.
“Ainda não podemos falar nada sobre as causas do desaparecimento da Matheusa, mas me preocupa muito, justamente pela falta de informação e por saber sobre a violência que os LGBTs estão expostos diariamente. Estou em Brasília, mas minha equipe no Rio está atuando no caso e segue me informando sobre as providências que estão sendo tomadas.” disse Wyllys.
Qualquer informação a respeito da localização do estudante, favor informar pelos seguintes canais: WhatsApp ou Telegram do Portal dos Desaparecidos (21) 98849-6099; Central de Atendimento do Disque Denúncia (21) 2253-1177; página do Facebook (in-box) Desaparecidos; e pelo aplicativo Disque Denúncia RJ.