Alessa Brasil Vitorino, de 30 anos, morreu atingida por um tiro durante confronto na Vila do João, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, na tarde de última segunda-feira (9). A amiga da mulher, Evellyn Tainá Aguiar, 20, também foi baleada e levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar com um tiro na perna. Ambas foram atingidas no momento em que era realizada uma operação policial no território. A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, em entrevista coletiva.
Alessa levava uma amiga para a Vila do João no momento em que foi atingida nas costas. A vítima, será enterrada, na tarde desta quarta-feira (11), no Cemitério Memorial Parque Nycteroy, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. O velório está marcado para às 10h e o sepultamento, às 15h.
Em uma postagem, Alexsey Vitorino, irmão da vítima, lamentou o caso. “Estou tentando escrever algo que consiga expressar os meus sentimentos, mas nenhuma palavra nesse mundo será capaz de demonstrar isso. Nos vemos na eternidade.”
Esta foi a 42ª operação policial do ano no Complexo de Favelas da Maré. Por conta da operação, a Linha Amarela, a Linha Vermelha e a Avenida Brasil chegaram a ser fechadas. Segundo relatos, houve troca de tiros na altura da Vila do João. A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que na região do Complexo da Maré, 42 unidades escolares foram impactadas. De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), duas escolas da rede estadual precisaram ser fechadas.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as Clínicas da Família (CF) Augusto Boal, Adib Jatene, Jeremias Moraes da Silva e o Centro Municipal de Saúde Vila do João anunciaram o protocolo de acesso mais seguro e interromperam o funcionamento. Já a CF Diniz Batista dos Santos mantém o atendimento à população, mas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas.