Formação de promotores populares de Saúde Antirracista chega a cinco favelas do Rio

Curso gratuito da Fiocruz e do MNU-RJ oferece capacitação em promoção da saúde com foco em direitos humanos e combate ao racismo
Foto; Reprodução

A Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, em parceria com o Movimento Negro Unificado do Rio de Janeiro (MNU-RJ), promove o 1° Ciclo de Formação de Promotores Populares de Saúde Antirracista.

A iniciativa acontece nos meses de maio, junho e julho, em cinco favelas do Rio de Janeiro: Manguinhos, Jacarezinho, Vila Aliança, Cidade Alta e Mangueirinha (em Duque de Caxias). Gratuita, a formação é voltada para moradores, representantes de instituições, coletivos locais e ONGs dos territórios. As inscrições podem ser feitas até 6 de maio, através de um formulário geral.

Durante a formação, uma equipe multidisciplinar abordará temas como racismo no cotidiano das favelas, a política de saúde da população negra, práticas para combater o racismo no ambiente escolar, o adoecimento de profissionais da educação e da saúde em comunidades, além de racismo ambiental. O curso visa fortalecer a participação popular nas instâncias do Sistema Único de Saúde (SUS), e conta com o apoio de instituições locais, como a Biblioteca Parque de Manguinhos e o Instituto Terra dos Homens. A certificação será concedida pela Fiocruz.

O projeto Saúde na Favela pela Perspectiva Antirracista busca não apenas capacitar moradores, mas também mapear demandas locais e reconhecer os saberes ancestrais presentes nas comunidades atendidas. A iniciativa aposta na escuta ativa e no acolhimento como ferramentas de fortalecimento dos direitos humanos, incentivando uma abordagem antirracista no cuidado em saúde. As informações fornecidas no ato da inscrição serão usadas exclusivamente para fins administrativos, de forma segura e sigilosa.

Como parte do projeto, foram lançados materiais como a cartilha Saúde na Favela numa Perspectiva Antirracista e o documentário Saúde Antirracista na Favela, é possível?. Dirigido por Edilano Cavalcante, o filme reúne depoimentos de lideranças comunitárias, pesquisadores e promotores populares formados nas oficinas, reforçando a importância de considerar a questão racial na construção de políticas públicas de saúde nos territórios de favelas.

Compartilhe este post com seus amigos

Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
WhatsApp

EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

Contato:
[email protected]