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Setembro Amarelo: Falando sobre saúde mental e cuidando dos nossos

Relembrando o artigo passado, o Centro de Valorização da Vida (CVV), em parceria ao Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) realizaram aqui no Brasil suas primeiras atividades exatamente na capital do nosso País, a tão famosa Brasília, em dezembro de 2015. Dessa maneira, a Associação Internacional para Prevenção do Suicídio (IASP) levanta a bandeira da causa, mundialmente sim, e por que não? Sim: obrigado! Sendo assim, exatamente no dia 10 do mesmo mês, é comemorado então, o Dia Mundial da Prevenção contra o Suicídio – olha que interessante!

Nessa perspectiva, o CVV como entidade sem fins lucrativos atuante de forma gratuita na prevenção contra o suicídio através do disque 188 – serviço de utilidade pública tendo como objetivo, trabalhar através do apoio emocional para com a prevenção do suicídio – se torna sim uma das principais mobilizadoras do então Setembro Amarelo. Dessa forma, esse trabalho viralizou onde a influência do setembro amarelo ganhou visibilidade a ponto de em certa ocasião, aqui em nosso Rio de janeiro – que apesar dos pesares continua lindo de viver – o Cristo redentor sinceramente: amarelou! Na verdade, foi iluminado no tom amarelo irradiando todos que passassem a sua volta nas então noites de setembro! Nessa mesma intenção, o Congresso Nacional, a ponte Juscelino Kubitschek – também em Brasília –, o estádio Beira Rio em Porto Alegre/RS, a Catedral e o Paço Municipal de Fortaleza/CE, a Ponte Anita Garibaldi em Laguna/SC, e o Palácio Campo das Princesas em Recife/PE – aderiram à causa não só causando, porém, amarelando.

Diz um refrão que “Brasileirinho abafou!”. E olha que é verdade, abafamos, arrasamos, quando fazemos valer nossos direitos! A verdade é que o povo brasileiro é demais, ao se utilizar sim, de diversas formas de manifestação em prol daquilo que se acredita como, por exemplo, abordagem em locais públicos com o intuito apenas da conscientização – me diz aqui: algum mal nessa prática? Acredito que não! Então vamos lá: maratonas, passeios organizados pelos ciclistas e motoqueiros – pessoas fortes no estilo rock and roll em suas motos Harley Davidson: a diversidade é maravilhosa! E outra raça igual a nossa: acredito não existir. Ok!?

Mas vamos falar agora sobre algumas questões que colaboram sim, para que pessoas cometam e de fato tenham, ideações suicidas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dentre todas as mortes, o suicídio possui representatividade de 1,4% sendo a 15ª causa de mortalidade populacional e também, a 2ª causa de morte entre a juventude; para a OMS o suicídio nada mais é do que uma problemática de saúde pública podendo ser efeito de questões emocionais e sociais assim como econômica. Estudo realizado pela revista Ciência e Saúde Coletiva em abril de 2018, aponta que de todas as faixas etárias, o quantitativo de pessoas do gênero feminino supera o gênero masculino em relação à mortandade.

Uma questão a ser trabalhada pela quantidade de pessoas aderindo ao suicídio como prática rotineira e, emergencial. Dessa maneira o suicídio nada mais é do que um mal silencioso que vem comendo as beiradas do mingau, ou seja, a pessoa sinaliza que nada vai bem, mas, sua fala corporal não é enxergada logo, negligenciada e quando menos se espera, a pessoa se mata. Ao mesmo tempo, como é possível oferecer ajuda se não se sabe identificar os sinais e muito menos existe familiaridade para com o cuidado com o outro, quando na verdade o sinal emitido é negligenciado e daqui a pouco quando a morte chega: pode ser – e é! – tarde demais!

Nessa perspectiva que o CVV abraçou a causa com unhas e dentes e que sejamos nós, multiplicadores de ações voltadas não só a conscientização logo, a prevenção. Há bastante tempo, dizem os mais antigos que “é melhor prevenir, do que remediar”. Nesse sentido: nada de amarelar. Ok!?

Finalizo esse artigo deixando em aberto o convite para você estar conosco no dia 08 de setembro às 14h30min na EDUCAP, que fica na rua Canitar próximo ao Campo do Sargento no Complexo do Alemão para uma roda de conversa sobre Afeto e Saúde Mental: precisamos cuidar dos nossos. Sua presença é super importante! #falafavela

O Suicídio. Disponível em <http://www.setembroamarelo.org.br/o-suicidio/> Acesso: 17 de ago. 2018.

ENSP. Informação é estratégia para redução de número de suicídios, recomenda a OMS. Disponível em <http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/43682> Acesso: 20 de ago. 2018.

 

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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