Projeto que arma Guarda Municipal é aprovado na Câmara do Rio

Para a lei ser aplicada depende da aprovação de um Projeto de Lei Complementar para regularizar o uso de armas por Guardas
Foto: Reprodução

Na última terça-feira (15), os vereadores do Rio de Janeiro aprovaram, por 43 votos a 7, em 2ª discussão, o projeto que autoriza a Guarda Municipal a utilizar armas de fogo. A nova lei modifica a Lei Orgânica do Município, a principal lei da cidade do Rio.

Segundo o documento apresentado pelo vereador Dr. Gilberto (SD), um dos autores do projeto, os guardas deverão receber treinamento específico para uso de armas e poderão utilizar também equipamentos não letais para evitar agressões. O texto aprovado não precisa da sanção do prefeito Eduardo Paes (PSD).

Pelo documento, os guardas municipais armados vão poder realizar ações de segurança pública, inclusive policiamento ostensivo, preventivo e comunitário, respeitando as atribuições dos demais órgãos de segurança pública.

Na 1ª votação, realizada no dia 1º de abril, 43 vereadores foram favoráveis ao armamento da Guarda. Apenas 7 foram contrários e 1 vereadora não votou. O texto, atualmente aprovado, é um substitutivo a um Projeto de Emenda à Lei Orgânica apresentado ainda em 2018, e que já tinha entrado em pauta outras 23 vezes, mas nunca chegou a ser votado.

O projeto, aprovado na última terça-feira, foi protocolado depois que o Prefeito da Cidade retirou seu projeto que previa a transformação da Guarda na Força de Segurança Municipal. No projeto de Eduardo Paes, essa corporação teria um grupamento de elite, a Força de Segurança Armada, que seria formada por agentes com contrato temporário de até seis anos, principal ponto de discordância entre vereadores e prefeitura, que seria um grupo independente da Guarda Municipal.

Após a aprovação do projeto de emenda à Lei Orgânica, um Projeto de Lei Complementar ainda deverá ser votado para regulamentar o uso de armas pela Guarda e permitir que ele seja implementado na prática. A intenção na Câmara é que essa regulamentação seja aprovada até o final de junho, antes do recesso parlamentar de julho.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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