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Precisamos falar sobre o Amazonas

As informações que circulam na web sobre o Amazonas, até mesmo as reveladas por quem vive lá, não são capazes de descrever a imensidão florestal que existe na região. Apenas vivenciando sua beleza e conhecendo sua história de perto é possível absorver o que esse lugar especial tem para nos ensinar. Estar a bordo de um barco cheio de informações, para um morador de uma grande cidade, como eu, foi uma aula de história e encanto natural.

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Participar do The Boat Challege foi como estar em uma escola flutuante, contrariando todas as demais informações que eu tinha sobre a grande Amazônia. Pude conviver com pessoas da região que, vivem e resistem, em meio aos problemas sociais e ambientais que ainda persistem por lá.

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A experiência foi mágica, enriquecedora e, ao mesmo tempo, alarmante. Pude observar de perto os prejuízos que o desmatamento está causando à região. São notórias as marcas da queda do nível das águas do Rio Amazonas – mesmo com toda dimensão amazônica. Só este ano, a queda foi de quase cinco metros. Tudo isso em decorrência do desmatamento na floresta. Os locais, antes com grandes árvores, estão dando espaço para a invasão das águas, fazendo assim diminuir o nível do rio. E esse é apenas alguns dos problemas que a Amazônia sofre.

Conferi de perto a dura realidade de quem vive nas margens do Rio Amazonas. Durante a viagem, vi uma frota de canoas artesanais, construídas pelos próprios moradores de lá, se aproximar da nossa embarcação. As canoas dos moradores da Ribeirinha, comunidade próxima ao Rio, se deslocaram pelo rio e se aproximaram do nosso barco. Em todas as canoas, havia crianças e adultos gritando, pedindo comida e roupas para nós. Foi uma das cenas mais tristes que já presenciei. Ter esse contato com as comunidades, proporcionado pela Coca-Cola Brasil, foi tão importante! Mais importante ainda foi estar a bordo do ‪The Boat Challenge, com pessoas influentes do Brasil, pensando e discutindo ações e medidas voltadas para a região amazônica.

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Navegar por águas amazônicas foi fundamental para nos conectarmos com a energia da natureza. Inclusive, ficamos desconectados de qualquer rede de internet. Poder ter a boa e velha comunicação pessoal, com todos os tripulantes que estavam a bordo, foi especial. Isso nos deu a chance de conhecer os projetos, que estavam sendo avaliados pelos mentores do evento. Também conhecemos pessoas incríveis e, é claro, vimos um dos lugares mais lindos do mundo. O Amazonas está entre os lugares que ninguém deveria morrer sem conhecer. E a Coca-Cola Brasil me proporcionou isso. Sempre tive o sonho de conhecer esse lugar. Eu ficava observando, quando criança, as fotografias dos livros de geografia que mostravam o Amazonas e sonhava… Cresci com a vontade de, um dia, conhecer essa floresta incrível. E conhecer esse lugar a bordo de um barco, fazendo parte de uma ação bacana, foi um presente dobrado. Essa experiência me deixou feliz por me fazer notar que existem instituições que desejam preservar esse patrimônio.

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Foi um sonho realizado. Senti isso quando vi aquele magnifico pôr do sol, bem de perto, como se eu pudesse tocá-lo. Vi que, mesmo morando longe da região florestal, tenho que me aproximar cada vez mais dela. Como? Isso eu tenho que descobrir. Estar no Amazonas me deixou com vontade de me conectar com a natureza. E é isso que todos devemos fazer. Agradeço à ‪‎Coca-Cola Brasil pela oportunidade de conhecer de perto esse lado da Amazônia, um lado que todo brasileiro deveria ajudar a preservar.

Texto também publicado no portal da Coca Cola Brasil

Página no Facebook: Coca Cola Brasil

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EDITORIAS

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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