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Os erros do passado

Foto: Reprodução/internet
Foto: Reprodução/internet

Conversando com um amigo essa semana, refletindo sobre a vida, me dei conta de quanto nós pensamos em apagar acontecimentos desagradáveis da nossa história. É impressionante essa nossa tendência de querer esquecer as coisas ruins e viver só das boas lembranças. Mas acontece que nós somos um todo, não somos feitos somente de coisas boas e nossa história constitui quem somos hoje.

Como exemplo, penso no caso de presidiários que cometeram crimes e que em algum momento decidem seguir um novo caminho, ou mulheres que em algum momento encontraram na prostituição a única solução da sobrevivência, pessoas que ficam marcadas por uma atitude de algum momento de suas vidas. Será que um ato pode nos definir?

Depois de ter passado por algo tão difícil, essas pessoas que ainda decidem mudar suas histórias, não conseguem encontrar um trabalho, pois ficaram carimbadas pelos atos passados. Mas o que fizeram foi o gatilho necessário para a vida ter um novo rumo, nada é em vão.

Acredito que, as vezes, é preciso passarmos por algo para chegarmos em um novo lugar na vida, pode ser uma vivência boa ou ruim, mas foi vivida. Pensamos também naqueles traumas de infância que nos rodeiam a mente até virarmos adultos, esses “traumas”, fazem parte de nós e fizeram com que encarássemos a vida de uma determinada maneira, contribuíram para a construção de nossa personalidade.

Somos seres humanos, não morremos da mesma forma que nascemos, ao longo da vida aprendemos, amadurecemos, nos relacionamos, nos culpamos, vivemos a cada instante um novo EU de acordo com nossas experiências. Aceitar os erros do passado, sejam nossos ou de outros, pode ajudar a passar pelas dificuldades atuais com mais facilidade e ainda, faz com que você se aceite mais.

AUTOR:

monique_atualizacao_novaimagem-colunista

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EDITORIAS

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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