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O valor do movimento estudantil

O movimento estudantil possui diversas organizações representativas, capaz de mobilizar muitos estudantes, o movimento tem como prioridade a luta pela excelência da educação e a melhoria das nossas universidades. Além dessas reivindicações, o movimento intensifica as discussões permitindo o desenvolvimento e a politização maior sobre as questões sociais do país.

Nos momentos decisivos da nossa história, os estudantes sempre estiveram mobilizados e presentes de forma corajosa. Na campanha “O petróleo é nosso” enfrentaram os interesses estrangeiros em um grau tão elevado que o então presidente Getúlio Vargas criou a Petrobras. Já nas décadas de 1960 e 1970, durante a ditadura militar, o movimento estudantil foi importante na luta pela defesa das liberdades democráticas. Na época foi instituída a Lei Suplicy de Lacerda que colocava a UNE na ilegalidade, entretanto, os estudantes se encontravam de forma secreta, dentro e fora das universidades para discutir formas de resistência contra a ditadura.

Dentro das universidades o movimento estudantil se organiza em Centros e Diretórios Acadêmicos. O centro acadêmico representa os estudantes de um determinado curso superior, entre suas várias funções, organizam palestras, discussões e reivindicações para o curso representado.

Luiz Fernando Ferreira é o atual presidente do Centro Acadêmico Cinco de Julho – CACIJ, curso de representação dos alunos de Administração Pública da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Ele expressou a relevância do Centro Acadêmico como órgão de representação: “O Centro Acadêmico tem um compromisso na defesa dos interesses dos estudantes, promovendo debates sobre as condições de ensino e levando aos setores responsáveis da IES, o pleito da comunidade acadêmica. Na função de auxiliar os estudantes com seus questionamentos, sejam eles mais simples como o procedimento para o pedido de um atestado de matrícula, até os mais complexos como a apresentação das oportunidades profissionais de atuação para os futuros graduados”.

Participar do centro acadêmico é fazer parte de um movimento que luta por uma educação melhor e de mais direitos, assim, esse envolvimento intensifica o progresso do estudante dentro e fora da universidade. “Com o objetivo de promover a integração e o engrandecimento dos alunos dentro e fora da faculdade, os CA’s tomam seu espaço para tornar ainda melhor os anos que passamos na graduação, mostrando que o aprendizado não se restringe apenas à sala de aula” afirma Luiz, presidente do CACIJ.

O vínculo que o Centro Acadêmico constitui com as instâncias burocráticas da universidade pode ser de forma direta, sendo este parte da estrutura acadêmica, ou de forma independente, sendo a entidade estudantil livre de qualquer tipo de interferência institucional. Geralmente o centro acadêmico delega suas funções em alunos membros, eleitos para ocupar e representar os estudantes de determinado curso.

Luiz Fernando, estudante da terceira fase na época, mostrou comprometimento e propostas efetivas, montando uma ótima equipe para disputar a eleição e gerir o Centro Acadêmico. “Por acreditar que o Centro Acadêmico, como voz dos alunos perante a direção da Universidade, desempenha um papel importante e ativo na vida dos estudantes, despertou em mim e em meus colegas que compuseram a equipe, um desejo de nos tornar um agente de mudança ainda mais ativo dentro da instituição de ensino, assim, defender os interesses dos graduandos, acreditamos na relevância do nosso trabalho nos resultados que conseguimos alcançar e na diferença que podemos fazer na vida acadêmica de nossos amigos e colegas de curso” revela o presidente Luiz.

Seja de forma organizada ou independente, o importante é se conectar com outros estudantes e lutar pelos direitos de forma coletiva. Se envolver ao movimento estudantil é, no fim das contas, lutar pela melhoria da educação e por uma sociedade mais justa. É crer que se pode fazer da universidade um ambiente do e para os estudantes. É buscar a garantia do direito à educação para todos, consequentemente, uma sociedade de mais direitos.

Autor:Cryslan_de_moraes_colunistafixooficial

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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