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O curioso caso do jornalismo malcriado

Se você não é do Piauí, pouco vai entender sobre o que vou escrever aqui. Dependendo do seu estado, até se identifique com algumas situações.

Bom, apesar de não ter diploma, me considero um jornalista. Sempre busquei conhecimento naquilo que me interessa e cada dia procuro entender e incrementar mais meu leque sobre fazer jornalismo. Claramente, você sendo um jornalista diplomado, as oportunidades virão mais facilmente, com méritos claro, ainda que deixes a desejar na profissão. Porém não te dá direito de desmerecer quem é da área.

Pois bem, aqui no Piauí, há uma guerra interna entre portais. Um não publica a matéria do outro, um furo, o outro não menciona o um, o um é bem parecido com o outro… É uma orgia “.com”. Ok, deva fazer parte das regras. Seguimos… Recentemente ocorreu um fato no mínimo curioso e irrisório no mundo jornalístico. E irrisório no jornalismo piauiense, paulista, carioca como o do Voz das Comunidades, ou até de tablóides ingleses, que fazem de um tudo.

Vou contar resumidamente: Um jornalista foi demitido. O tio dele xingou a editora-chefe de um portal de “Vadia” via facebook. Ela o denunciou para a polícia, fez B.O. O tio do jornalista demitido pediu desculpas, disse que se exaltou no calor do momento. Ninguém o desculpou. Criou-se um rancor. A mídia semelhante replicou o fato. O público tomou conhecimento. A editora insistiu. Focou no lado “feminista”. O caso se alarmou muito mais do que deveria. Mudaram o foco. E esse fato irrisório.

Resultado: aqueles que eram pra passar informações e notícias para o público, viraram notícia, ou viraram piada. Por incrível que pareça, em 2015, pessoas “formadas”, “adultas”, estavam dedurando umas as outras; “Fulano viu não sei quem sair do Palácio de Karnak”. Entre outros absurdos que nem vou falar.

Aqui no Piauí é essa guerra por cliques. Cliques geram dinheiro via Adsense, geram anunciantes. Clique é bom. “OH THAT’S GOOD”. Mas não digo de todos os portais, tem uns poucos bons, aceitáveis, porém os digamos sujos estão aí. Uns com anos no mercado, outro prestes a completar um ano… É um jornalismo que mancha a palavra “jornalismo”.

Contudo, o público em geral, que desconhece a real intenção da polêmica, defere xingamentos e mais xingamentos aos homens, colocando todos em um patamar machista, como o tio do jornalista demitido, ignorando o pessoal e interno de cada homem. De cada pesssoa. Usando pessoas de bem para promover situações ruins, focar no “vadia”, e não reparar na picuinha RIDÍCULA que se tornou o jornalismo neste estado. Daí volto lá atrás “Ninguém o desculpou”.

Você piauiense, sabe de quem tô falando, mas se não souber vou usar dois pontos que possam lembrar você; um portal, segundo ex-funcionários, explora muito, escravidão moderna. O outro portal, o que se diz ofendido, deve, segundo também ex-funcionários, direitos trabalhistas de alguns demitidos. Sabe quem são? Se ainda assim você não sabe de quem tô falando, vai aí uma charada:

“Tenho 90 cabeças, cada cabeça obviamente tem 2 olhos, quantos olhos eu tenho?”

DESCUBRA!

PS: Lembrando, eu não sou jornalista formado, eu sou jornalista público, eu sou público, eu reporto a maneira do povo. Eu não me escondo, me chamo Bob Nunes, sou do Voz das Comunidades e do Teresina Comedy News.


IMG_3066613543274Me chamo Bob Nunes, trabalho com internet em geral. Sou produtor, ator, comediante, radialista e jornalista por experiencia. Estudo Letras Ingles na UFPI. Vou focar na sessão entretenimento e humor, no qual sou mais envolvido e ciente.

https://twitter.com/bobyyfera

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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