Mário Frias se torna réu na Justiça Eleitoral por fake news sobre o boné CPX

Em visita ao CPX do Alemão, Presidente Lula utilizou o adereço com a sigla do território e foi acusado de ter ligação com facções criminosas
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

O deputado federal Mário Frias se tornou réu na Justiça Eleitoral por espalhar informações falsas sobre a presença de Lula no Complexo do Alemão, na campanha de 2022. Na ocasião, o então candidato a presidência utilizou um boné com a sigla CPX, que significa Complexo.

Na época, Mário Frias republicou uma foto de Lula com o adereço e afirmou que a sigla era sinônimo da palavra ‘cupincha’, que foi escrita com a letra x. O deputado federal que é aliado de Jair Bolsonaro afirmou que a expressão é usada entre integrante de facções criminosas e significa ‘parceiro do crime’.

Mário Frias é um grande aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

O conteúdo era um comparativo entre Lula e Bolsonaro. As falsas informações sobre a sigla estavam na foto de Lula com o boné do CPX. Enquanto Bolsonaro era exaltado por aparecer com o boné da Polícia Rodoviária Federal.

De acordo com o Ministério Público afirma que Mário Frias teve “a intenção de ligar a figura de Lula a facções criminosas que atuam no município do Rio de Janeiro e, com isso, influenciar os eleitores a não votarem no referido candidato”.

A visita de Lula no Complexo do Alemão foi um marco para as favelas. Logo que chegou na Casa Voz, o atual presidente recebeu o acessório pelas mãos de Camila Moradia, liderança na luta habitação digna. O adereço não tem qualquer ligação com facções. Mas enaltece o pertencimento e o respeito pelo território favelado.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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