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Jundiaí, a cidade onde a conscientização não é um hábito

Muito se fala nos dias de hoje em conscientização, mas pouco se fala em praticar. 

Jundiaí é considerada uma das melhores cidades para se viver, porém os habitantes que aqui vivem não dão valor no tesouro que a cidade é. Na última sexta-feira (08/01) a cidade foi pega de surpresa por fortes chuvas, e o que não esperávamos era que bocas de lobo ficariam entupidas, alagando toda a cidade.

Pois é, houve até quem “andou” de Jet Sky pelas ruas da cidade.  Há quem diga que o problema é da má administração da cidade, sim, eles também têm parcela de culpa nisso, mas e os moradores que jogam lixo nas ruas? A água vai levando tudo para a evacuação mais próxima, os bueiros.

O Rio Jundiaí, nunca se viu tão cheio desde 1990. Foi assustador ver que o ser humano destrói a cidade aos poucos, que a falta de consciência e respeito foram de grande valia para que casas alagassem, que donos de comércio tivessem prejuízos e que animais de rua se afogassem sem ao menos ter para onde correr.

Mas o que mais entristece e amedronta é saber que essa não é uma realidade isolada de uma única cidade, é algo que acontece em todo o Brasil. Chegou a hora de arregaçarmos as mangas e mostrarmos ao mundo que o Brasil dá valor nas maravilhas naturais que temos, ou tudo será perdido num piscar de olhos.

Um simples papel de bala que guardamos no bolso da calça ao caminharmos pelas ruas já faz a diferença. Somos campeões mundiais em reciclagem, e mesmo assim garrafas pet são as maiores causadoras de entupimento em vias públicas. O Brasil e o mundo pedem socorro, mas além de tudo, pedem conscientização.


Sobre o autor:

image1Me chamo Luís Martins, tenho 23 anos, sou estudante de Psicologia da Universidade Padre Anchieta, em Jundiaí – SP. Moro no Jardim Fepasa, uma periferia de Jundiai.
https://twitter.com/EuLuisMartins

 

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PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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