Lucas George Luna dos Santos, de 27 anos, mora em Bangu, zona Oeste do Rio, e no dia 12 de Fevereiro de 2020, quando voltava para casa em um coletivo, presenciou uma intensa troca de tiros na praça da comunidade da Vila Kennedy. Na tentativa de se proteger dos tiros, Lucas acabou perdendo seus documentos no local do confronto, documentos que foram achados por agentes policiais que estavam ali presentes.
Desenrolar de história
O rapaz não se deu conta de que tinha perdidos os documentos na hora do tiroteio. Após perceber que não estava em posse de seus documentos, não foi registrar ocorrência por ter entendido que não havia necessidade naquele momento. Contudo, 25 dias depois do ocorrido Lucas foi assaltado e foi até a delegacia fazer o B.O., foi quando registrou o roubo que sofreu e os documentos perdidos.
Neste meio tempo, começou a pandemia, Lucas ficou desempregado e em julho teve a ideia de tirar passaporte para ir aos EUA estudar, trabalhar e qualificar a agência de publicidade e assessoria que queria fundar. Ele deu início ao processo de tirar passaporte até que foi surpreendido, um dia ao chegar em casa, com a notificação de que a polícia queria ir até ao apartamento em que sua mãe mora, pois era seu antigo endereço. Neste momento descobriu que era procurado por crime.
Condenação
O primeiro julgamento do caso foi no dia 22 de setembro. Lucas não compareceu à sessão por receio de ser preso, porque já havia um mandado de prisão contra ele. Com isso, somente o seu advogado esteve presente. No julgamento, das 23 pessoas presentes no ônibus 13 compareceram à audiência para testemunhar e nenhuma delas reconheceu o Lucas.
A sentença do juiz para George Lucas foi de 15 anos de reclusão, mesmo sem o mesmo ter antecedentes criminais e com um histórico profissional considerável. O jovem usa as redes sociais como uma voz de luta justiça e teme muito ir para a cadeia pelo fato de ser um homossexual no sistema carcerário brasileiro.
Assista o vídeo na íntegra: