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Estudandes fecham Fernandes Lima e trânsito para em Maceió

(Crédito: Daniel Paulino/Voz-AL)
(Crédito: Gustavo Lopes/Voz-AL)
(Crédito: Gustavo Lopes/Voz-AL)

Gustavo Lopes e Daniel Paulino
Voz das Comunidades Alagoas

Na manhã desta sexta-feira (27), estudantes bloquearam os dois sentidos da Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol, cobrando transporte escolar. Ruas que davam acesso a avenida também ficaram completamente paradas. Protestavam também, dentro do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada (Cepa), vigilantes que pediam a revogação do decreto que demitiu 360 seguranças noturnos da rede estadual de ensino.

De acordo com a secretária do Sindicato dos Vigilantes de Alagoas (Sindvigilante/AL), Mônica Lopes, os trabalhadores estão prestes a assinar um aviso prévio pela falta de pagamento. “A categoria depende dos salários para garantir o sustento das famílias”, disse.Já os estudantes bloquearam os dois sentidos da avenida pedindo passe livre. “Não aguentamos pagar R$ 2,75 duas vezes no dia já que nossos filhos tem direito ao transporte escolar”, disse a mãe de um aluno. “É um absurdo, além de retirar o transporte escola não toma uma decisão concreta,” conclui.

(Crédito: Gustavo Lopes/Voz-AL)
(Crédito: Gustavo Lopes/Voz-AL)

A secretária do Estado da Educação (SEE) esclareceu, ainda na manhã desta terça, que os contratos de transportes escolar e vigilância antes vigentes consumiam dos cofres públicos estaduais cerca de R$ 100 milhões de reais anualmente. A decisão de rescindir ambos os contratos se deu pela necessidade de reordenamento dos gastos públicos na gestão atual.

Ainda segundo a secretária, a segurança das escolas de rede estadual está sendo atendida por meio do videomonitoramento e pela Polícia Militar (PM), por meio do Batalhão Escolar, que disponibilizou 22 viaturas para percorrer as imediações das unidades de ensino e atender as ocorrências quando necessário.

Já em relação ao transporte escolas, a secretária informou que a negociação entre o Estado e a Transpal para a implantação do passe livre estudantil na capital já se encontra bastante avançada.Por conta da manifestação, o congestionamento chegou a atingir os bairros de Bebedouro, Barro Duro e Tabuleiro dos Martins. Centenas de pessoas tiveram que descer dos coletivos e seguirem a pé para o Centro da capital.Policiais do Gerenciamento de Crises da Polícia Militar tentaram negociar com os estudante a todo momento, mas sem êxito. Eles só iriam liberar a avenida se uma reunião com o secretário do Gabinete Civil, Fábio Farias, fosse marcada, que não foi.

(Crédito: Daniel Paulino/Voz-AL))
(Crédito: Daniel Paulino/Voz-AL))

Após três horas de bloqueio, a via só foi liberada quando policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) decidiram agir usando bombas de efeito moral. Durante o tumulto, os manifestantes revidaram jogando pedras nos policiais.  Equipes de reportagens tiveram equipamentos quebrados e jornalistas foram atingidos, mas não ficaram feridos.

Um homem – que pediu para não ser identificado – que não participava do protesto foi atingido com um tiro de bala de borracha e ficou ferido. “Sou trabalhador, não estava participando do protesto e ‘ganhei’ bala de borracha da PM”, disse indignado.

A assessoria de comunicação da PM informou que o confronto que ocorreu entre militares e manifestantes se deu após esgotados “todos os meios de negociação com as lideranças do protesto”.

Ainda segundo a Polícia Militar, ”o confronto foi necessário para garantir o direito constitucional de ir e vir e que foram observados recomendações do Ministério Público Estadual.”

 

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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