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Coronavírus e limpeza: que cuidados tomar?

Em tempos da pandemia do COVID-19, a higiene pessoal é nossa principal aliada para combater o coronavírus. Principalmente aqueles que não podem ficar no isolamento social e precisam seguir sua rotina de trabalho, todo cuidado é pouco. Para falar de limpeza, primeiro precisamos esclarecer uma notícia falsa que vem circulando nas redes: 

Com a falta de álcool gel nas farmácias, muita gente compartilhou uma receita caseira a partir do álcool líquido concentrado ou até de gel de cabelo. ÁLCOOL GEL CASEIRO NÃO FUNCIONA! A produção em casa não é recomendada e coloca sua saúde em risco. Muito cuidado ao comprar o produto fora da farmácia, já foram registradas no Rio de Janeiro ocorrências de vendas de álcool gel falsificado, o barato pode sair caro. O Conselho Federal de Química (CFQ) emitiu uma explicando os motivos:

“Quais os riscos associados à produção caseira de álcool em gel?

Os produtos industrializados passam por rigoroso processo de produção, onde há padrões a serem seguidos, todas as etapas são monitoradas e passam por controles de modo a haver padronização, regularidade e qualidade dos produtos disponibilizados ao consumidor final. Já o álcool em gel fabricado a partir de receitas e métodos caseiros não passa por nenhum controle de qualidade, por isso sem garantia de eficácia.”

Veja a nota completa em: http://cfq.org.br/noticia/nota-oficial-esclarecimentos-sobre-alcool-gel-caseiro-higienizacao-de-eletronicos-e-outros/

Mais importante que o álcool gel: lavar as mãos com água e sabão. Uma forma de prevenção muito eficaz e é uma das coisas mais simples que se pode fazer para sua proteção e a dos outros. Se não achou álcool gel, não pode comprar: vai de água e sabão. Pra quem está sofrendo com a falta de água, a infectologista Flávia Ribeiro ensinou ao podcast @angudegrilo como fazer e nós reproduzimos aqui pra vocês:

Agora, vamos falar da limpeza da casa: quais produtos matam o vírus? A transmissão do coronavírus através de superfícies também pode acontecer. De acordo com um estudo, coronavírus pode sobreviver por até 72 horas em materiais como plástico e metal inoxidável. Em papelão, pode durar 24 horas. Os produtos recomendados para limpar a casa são: Água sanitária, desinfetantes em geral, limpadores multiuso com cloro, limpadores multiuso com álcool, álcool de limpeza (líquido), detergente, sabão.

E os cuidados com roupas e acessórios? Para limpeza adequada de acessórios é indicado utilizar álcool 70%. Entretanto, a recomendação de especialistas é evitar brincos, colares, anéis, relógios e acessórios em geral. É muito complicado fazer a higienização desses objetos diariamente e eles estão sempre em contato com a pele e outras pessoas. O mesmo vale para óculos, bolsas e carteiras. Ou seja: a dica é o mínimo possível. Sabemos que nem todos conseguem ficar no isolamento, por conta do trabalho. A recomendação é assim que chegar em casa: colocar sapatos e roupas para lavar e ir direto pro banho. 

Celular! Tablet! Câmera Fotográfica! O que fazer? Todo mundo ama tecnologia e mesmo na quarentena não dá pra ficar sem. Como fazer a limpeza? Empresas como Apple, Samsung e Motorola, recomendam a utilização de panos macios umedecidos em solução de água e sabão ou álcool isopropílico 70%, que pode ser encontrado em lojas de informática. 

O coronavírus têm uma grande capacidade de proliferação, uma pessoa com vírus pode contaminar de 2 a 3 pessoas. O cuidado não é mais somente pessoal, envolve a todos. A responsabilidade é nossa. O Voz das Comunidades está fazendo uma cobertura especial nas redes e os comunicadores das favelas estão usando as hashtags: #CoronaNasPeriferias #COVID19nasFavelas.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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