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Conheça Andressa Coelho, jovem liderança do Vidigal

Estudante de Direito vê projetos sociais como ferramentas de transformação
Andressa Coelho, 26 anos, é uma referência para a juventude negra favelada Foto: Igor Albuquerque / Voz das Comunidades

Coelho é um animal que costuma ser associado à abundância, prosperidade, agilidade, astúcia e juventude. Andressa Coelho, de 26 anos, carrega várias dessas características. 

Andressa é neta de lavadeira e filha da atriz e cantora Marília Coelho, que apesar de talentosa, trabalha com o marido fazendo faxina para complementar a renda. Sua filha rompeu com esse ciclo familiar e escolheu estudar as leis. Ela considera o conhecimento como fundamental para diminuição das injustiças sociais e sonha em ser juíza.

“Eu sou uma jovem negra da comunidade. Faço parte de uma geração que busca independência financeira e possibilidade de crescimento. Queremos ocupar os espaços que antes diziam que não eram nossos, eram só para pessoas brancas”, enfatiza.

A cria do Vidigal é responsável pela escolinha de surfe “Onda Viva” e atua como assistente no projeto Pacto pela Juventude da prefeitura do Rio de Janeiro, em parceria com a UNESCO, atendendo a outros vidigalenses e moradores da Chácara do Céu através da capacitação profissional. 

Com mansidão e doçura, outros atributos relacionados ao seu sobrenome, a idealizadora consegue atingir mais de três mil pessoas entre 4 e 29 anos com suas atuações sociais.

Transformando vidas

Aos quinze anos, Andressa iniciou no projeto de surfe do Tio Ley, na praia de São Conrado, que atendia crianças e adolescentes do Vidigal e da Rocinha. Seu fascínio pela prática esportiva e sua crença em projetos sociais como ferramentas de transformação estimularam a jovem a criar, aos 18 anos, o Onda Viva

Apesar de desenvolver um projeto social mesmo tão jovem, Andressa não possuía planos individuais sobre o futuro até cursar o Ensino Médio. 

“Eu me via como uma jovem perdida. No Colégio Estadual Almirante Tamandaré, tive professores que me impulsionaram a seguir com os estudos. Eu quis saber mais e mostrar que sou capaz. Não é porque sou negra de periferia que não posso alcançar meus objetivos. Eu tenho direito de sonhar como qualquer pessoa da pista”, afirma.

Todo final de semana, de 7h30 às 10h, pranchas e pés de patos colorem o posto 12, no Leblon. 40 crianças e adolescentes do Vidigal, entre 4 e 18 anos de idade, praticam surfe no Onda Viva. Atualmente, o projeto conta também com o apoio dos instrutores Daniel Espínola Leite e Luiz Augusto Nascimento.

Foto: Igor Albuquerque / Voz das Comunidades

Hoje, Andressa se vê como uma referência para outros jovens que precisam, segundo as suas palavras, de “lideranças negras que mostrem que é possível chegar onde se deseja”.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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