BNDES abre concurso para arquitetos negros criarem museu a céu aberto na Pequena África

Projeto visa valorizar patrimônio e identidade cultural na região portuária do Rio
Foto: Porto Maravilha/ Divulgação

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou um concurso público exclusivo para arquitetos e urbanistas negros desenvolverem um museu a céu aberto na Pequena África, na Zona Portuária do Rio. A iniciativa busca destacar a identidade local e consolidar a região como um espaço de referência cultural e social.

Localizada na área da Zona Portuária e do Morro da Providência, a primeira favela do Brasil, a Pequena África guarda registros das primeiras pessoas pretas escravizadas que chegaram ao Brasil. Mesmo enfrentando o regime escravocrata, estes pretos e pretas trouxeram cultura, religião, culinária e outras práticas e conhecimentos para o Rio de Janeiro. A Pequena África foi tema enredo da Estação Primeira de Mangueira no carnaval deste ano. Com “À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões”, a escola falou sobre a construção histórica do Rio de Janeiro a partir dos povos bantu, que foram trazidos de África.

As inscrições vão até 18 de abril, e as propostas devem ser entregues até 15 de maio. O resultado será divulgado em junho, com premiação total de R$ 300 mil para os três melhores projetos. O objetivo é integrar marcos históricos, estimular a economia criativa e ampliar o acesso à cultura, reforçando a memória e a resistência negra no Brasil.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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