Tragédia sempre anunciada: ruas de Acari e Pavuna alagam com as chuvas e moradores saem no prejuízo mais uma vez

Enchentes são fruto do descaso e negligência do poder público; chuva atingiu diferentes pontos da cidade nessa quarta-feira (19)
Acari enfrenta enchentes mais uma vez. Foto: Reprodução

A cidade do Rio de Janeiro atingiu o estágio 2 de atenção por conta das fortes chuvas. Nestes momentos, os territórios mais afetados são as favelas e periferias. E mais uma vez moradores sofreram com enchentes. De acordo com o Coletivo Fala Akari, algumas residências que já foram impactadas com enchentes antes, vivenciaram este trauma novamente.

Como forma de ajudar os moradores, a Associação de Moradores de Acari funcionou em formato de plantão para oferecer o suporte necessário. O Coletivo Fala Akari ofereceu informações sobre as ruas alagadas em tempo real e recomendações para segurança para a população.

O Parque Colúmbia, bairro vizinho de Acari, também sofreu com alagamentos. Um vídeo mostra um homem com água na altura do pescoço. Ele circulava para tirar a família da área de risco. Essa não é a primeira vez que estes territórios sofrem com enchentes. Em janeiro de 2024, muitas famílias perderam todos os bens materiais por conta das chuvas. Além das 12 mortes que ocorreram no estado durante este período. Em janeiro deste ano, o Voz das Comunidades fez uma reportagem especial para entender como estava a situação das famílias atualmente.

As enchentes são fruto do descaso e negligência do poder público. A falta de limpeza dos rios, o racismo ambiental, que coloca pessoas negras em áreas mais marginalizadas da cidade, e a ausência de autoridades governamentais fortalecem a continuidade de eventos climáticos extremos que violam o cotidiano de pessoas faveladas.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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