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Pacientes do CAPS Miriam Makeba protestam contra falta de salários dos funcionários

A manifestação aconteceu na manhã desta sexta-feira (19) em frente a sede do Centro de Atenção Psicossocial

Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Reivindicando os direitos e a dignidades dos profissionais que auxiliam nos cuidados do Centro de Atenção Psicossocial Miriam Makeba, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, os pacientes organizaram nesta sexta-feira (19) um protesto contra a falta de salários e benefícios dos trabalhadores da casa. De acordo com os organizadores da manifestação, os colaboradores estão há três meses sem receber nenhum tipo de pagamento (remuneração e vale-alimentação) e aguardam o décimo terceiro de 2020.

Devido aos salários e os benefícios atrasados, a vida dos funcionários, em plena pandemia do coronavírus, presencia um roteiro de angústia e terror. Para o fundador do Miriam Makeba, Roberto Pereira, a situação é extremamente delicada, pois é a primeira vez que precisa conviver sem saber como será o dia de amanhã. Tal momento narrado é compartilhado entre 17 funcionários que atuam no CAPS. Entre eles, dois porteiros, oito controladores de acesso e sete que trabalham no setor de limpeza.

CAPS Miriam Makeba
Pacientes reivindicam os salários e direitos dos funcionários que atuam na casa.
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades.

“Nós estamos aqui porque adoramos o nosso trabalho, mas fica cada vez mais difícil atravessar as comunidades para chegar aqui sem dinheiro do transporte, salário ou qualquer outra ajuda de custo-benefício. Lá em casa, eu já avisei que a Páscoa desse ano não terá nada”, desabafa.

A falta de recursos financeiros, segundo o que foi verificado, alcança todas as áreas do CAPS Miriam Makeba. Por falta de repasses financeiros, os quartos dos pacientes convivem com a estrutura precária, com goteiras, portas quebradas e pouca ventilação.

“Eles estão aqui por nós, por amor. Todos os dias!”, revela um dos pacientes que pediu sigilo em sua identificação.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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