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Moradores fazem ato pacífico pela reabertura imediata da UPA Manguinhos

A unidade atende em média 400 pessoas por dia, mas com o fechamento, nesse período já deixou de realizar 10.800 atendimentos
Créditos: Vilma Ribeiro/ Voz das Comunidades

A comissão em defesa da UPA Manguinhos, composta por moradores, Presidentes das Associações, conselheiros de saúde, ativistas, movimentos e coletivos de Manguinhos, reuniram-se na tarde dessa segunda-feira (01) para se manifestar.

Em frente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) aconteceu um ato pacífico pela reabertura imediata da UPA, fechada desde 06 de janeiro deste ano. Na ocasião, o Voz das Comunidades esteve presente e conversou com o Secretário Secretário de Saúde Daniel Soranz, que informou o que tinha ocorrido.

A repórter Amanda Botelho entrevistou Diego Vaz, subprefeito da Zona Norte, que no fechamento da unidade informou que o contrato com os médicos havia acabado. No entanto, iam tentar uma nova licitação e obras de manutenção. Porém, até o momento nada foi realizado.

Tanto moradores quanto pacientes, que dependem do atendimento da unidade, permanecem sem utilizar o serviço. Segundo a comissão em defesa da UPA Manguinhos, a unidade atende em média 400 pessoas por dia. Mas com o fechamento, nesse período já deixou de realizar 10.800 (Dez mil e oitocentos) atendimentos.

A importância da UPA em funcionamento

Fabiola Alves, ativista presente no ato
Foto: Vilma Ribeiro/Voz das Comunidades

Para a ativista de favela, Fabiola Alves, o que os moradores de Manguinhos estão vivendo nesse momento é um estado de extremo abandono. “É inadmissível que no meio de uma pandemia um equipamento público de saúde, de extrema importância para população, pois não atende só a favela de Manguinhos, mas também atende toda essa região Jacaré, Mandela, Arara, encontra-se com as postas fechadas. A UPA aberta significa viver ou morrer”, diz Fabiola.

Sérgio Ricardo disse que o equipamento ao longo dos anos foi sucateado.
Foto: Vilma Ribeiro/ Voz das Comunidades

Sérgio Ricardo, nascido e criado no jacarezinho, responsável pela rádio local e usuário da unidade, diz que de uns 3 anos em diante, o espaço foi sucateado. “Fecharam a Upa, com a proposta de reabrir dia 30 e até agora nada. Estamos aqui para reivindicar, essa foi a primeira unidade inaugurada, não pode deixar que permaneça fechada”.

Até o fechamento dessa matéria, a Secretária Municipal de Saúde não respondeu sobre a reabertura da Upa de Manguinhos.

Em atualização…

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EDITORIAS

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Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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