Caso Johnatha Oliveira completa 11 anos e família aguarda novo julgamento

Jovem foi executado com um tiro nas costas em Manguinhos, em 14 de maio de 2014, durante ação policial
Ana Paula Gomes, mãe de Johnatha de Oliveira Lima, cria de Manguinhos, ativista dos direitos humanos e integrante das Mães de Manguinhos Foto: Marlon Soares

Aos 19 anos, Johnatha Oliveira voltava para casa, em Manguinhos, quando esbarrou com uma confusão entre moradores e policiais e foi baleado pelo policial militar Alessandro Marcelino de Souza da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). O jovem foi socorrido, levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Há 11 anos sua mãe luta por justiça, para que sua partida não seja em vão e não aconteça com outros jovens, negros.

Desde então, sua mãe, Ana Paula de Oliveira têm lutado contra a violência policial e o terrorismo de Estado no Rio de Janeiro e fundou, ao lado de outros familiares, o Movimento Mães de Manguinhos. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em 2024, Ana Paula Oliveira, mãe de Johnatha, finalmente teve uma reposta sobre o caso: o 3º Tribunal do Júri da Capital tipificou o crime como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Três desembargadores que participavam do processo votaram unanimemente para anular a decisão.

Após a reversão da decisão do Juri, a família aguarda um novo julgamento para que o caso seja concluído. São 11 anos de luta por justiça de uma vida que foi tirada em minutos.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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