Aos 19 anos, Johnatha Oliveira voltava para casa, em Manguinhos, quando esbarrou com uma confusão entre moradores e policiais e foi baleado pelo policial militar Alessandro Marcelino de Souza da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). O jovem foi socorrido, levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Há 11 anos sua mãe luta por justiça, para que sua partida não seja em vão e não aconteça com outros jovens, negros.

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Em 2024, Ana Paula Oliveira, mãe de Johnatha, finalmente teve uma reposta sobre o caso: o 3º Tribunal do Júri da Capital tipificou o crime como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Três desembargadores que participavam do processo votaram unanimemente para anular a decisão.
Após a reversão da decisão do Juri, a família aguarda um novo julgamento para que o caso seja concluído. São 11 anos de luta por justiça de uma vida que foi tirada em minutos.